violênciaAs escutas telefônicas que levaram as polícias Civil e Militar a deflagrar a Operação Libertad revelam bandidos combinando compra de armas e encomendando morte de membros de facções rivais em Itabuna. Parte do áudio das escutas traz dois criminosos citando a aquisição até de explosivos.
Um dos criminosos, conhecido como Sandro Papel, diz que iria comprar armamento e granada, após vender dois quilos de droga vinda de Itororó, supostamente de uma mulher ligada a Jack Bombom, um dos líderes do tráfico transferidos para o presídio de segurança máxima em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul (veja matéria aqui). Também citam a compra de dois coletes, duas pistolas e “uma granadinhas”.
Numa das passagens, Sandro Papel e “NHI” comentam que vão reunir armamento pesado suficiente para enfrentar efetivo da Cipe Cacaueira e até o ex-delegado regional de Itabuna Moisés Damasceno. Sandro Papel também aparece em outra conversa, desta vez com um matador identificado apenas como “Gaspar”. O contato é para eliminar um devedor do tráfico.
Sandro ordena a Gaspar que atire “debaixo do sovaco, [tiro] bem dado no peito, de perto” e, na queda do corpo da vítima, “cole perto da cabeça e dá de um em um [tiro]‘. Sandro Papel aparece em outra ligação, desta vez com um bandido identificado apenas como Gigó. ordenando a morte de um homem, apontando apenas como Juliano. Um assalto seria anunciado quando o alvo saísse do restaurante. A vítima e uma outra pessoas seriam eliminadas com cortes de faca, “vivos”.
Dos diálogos captados pela polícia, os bandidos ainda reclamam da falta de munição em Itabuna. “Neguinho”, conhecido como Niel, diz que está buscando uma “boca de fumo” só para ele.