terça-feira, 30 de abril de 2024

Mulher que levou Tio Paulo ao banco será investigada por homicídio

 Mulher é presa ao levar cadáver a banco para tentar empréstimo no nome dele - Metrópoles

A mulher que levou um idoso já morto para pegar um empréstimo bancário no Rio de Janeiro passou a ser investigada por homicídio culposo, que é quando não há intenção de matar.

Polícia Civil já investigava Erika de Souza Vieira Nunes por vilipêndio de cadáver e tentativa de furto mediante fraude. Depois de realizar novos depoimentos, o delegado que conduz as apurações do caso, Fabio Luiz Souza, do 34º Distrito Policial de Bangu, entendeu ter havido omissão de socorro. As informações são do G1.

A Polícia Civil concluiu, nesta terça-feira (30/4), a primeira fase do inquérito. Esta primeira etapa se refere ao flagrante. A mulher foi presa no dia da tentativa de realizar o empréstimo.

Funcionários da agência bancária de Bangu (RJ) suspeitaram da conduta da mulher, filmaram a ação e chamaram a polícia.

Com o andamento das investigações, a polícia descobriu que Erika tentou, antes mesmo do dia do flagrante, realizar o empréstimo sem a presença da vítima. Ela também queria colocar uma conta própria como destino para o dinheiro. O valor era de cerca de R$ 17 mil.

“Ela sabia de tal fato (da morte), pois ele está (no vídeo) com a cabeça caída e sem qualquer movimento, porém, logo antes de entrar, ela o segura pelo pescoço para que fique com a cabeça erguida, simulando uma pessoa viva”, disse Souza.

Para o delegado, não há dúvidas de que Erica sabia da morte do tio. “Tudo presenciado por testemunhas que estavam no local e tiveram contato visual com Paulo sempre imóvel, com a cabeça caída, imagem idêntica à vista dentro do banco”, disse ele.

O caso

Erika levou Paulo Roberto Braga, de 68 anos, até uma agência bancária do Itaú no último dia 16 de abril. Ele estava em uma cadeira de rodas. Ela tentava sacar um empréstimo de aproximadamente R$ 17 mil.

Os atendentes do banco desconfiaram da ação dela e começaram a filmar. No vídeo é possível ouvir ela dizendo “Tio, tá ouvindo? O senhor precisa assinar. Se o senhor não assinar, não tem como. Eu não posso assinar pelo senhor, o que eu posso fazer, eu faço”, disse.

Em seguida, os bancários chamaram a polícia. Em seguida, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado. O óbito foi constatado no estabelecimento bancário.

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