Tiros, facadas, agressões, roubos, assaltos e atropelamentos. Esse foi o saldo do domingo (18) à tarde na avenida Soares Lopes, centro de Ilhéus, após a decisão de dois blocos de carnaval desfilarem na região em período pós-carnaval. Resultado: a avenida Soares Lopes virou cenário de terror sem contar com a presença das instituições públicas, salvo a Polícia Militar, e sem a mínima estrutura para receber um grande evento.
Ainda não se sabe se dois blocos desfilaram por conta própria ou tiveram a autorização da Prefeitura. De concreto, o que se viu foi milhares de pessoas expostas à violência. "A cultura do carnavalesca do povo de Ilhéus é violenta, infelizmente. Creio que todas saibam disso. As pessoas vão para a avenida portando armas de fogo e muitas armas branca, pensem no caos que é um disparo de arma de fogo numa avenida com milhares de pessoas como ocorreu hoje (domingo)", escreveu o policial militar Augusto Júnior, nas redes sociais. Júnior ficou conhecido após liderar o movimento de greve da PM no sul da Bahia.
O policial apontou o que definiu como uma "sucessão de erros" que agravam a situação da violência e seus efeitos nesse tipo de evento. Primeiro, de acordo com Augusto Júnior, não se sabe se a prefeitura autorizou a realização do mesmo. "E se autorizou errou muito porque não havia sequer o fechamento das vias, de modo que foliões misturavam-se com carros e motos". Um cidadão que guiava carro de passageiros, atropelou duas pessoas as fazer uma manobra.
"Não fizeram nenhum posto de apoio para a Polícia Militar, ou seja, se uma pessoa fosse pega brigando ou praticando qualquer outro ilícito a patrulha deveria deslocar-se por quilômetros para conduzir o infrator, expondo a patrulha a risco", apontou. Júnior também chama a atenção para o fato de não ter na região nenhum posto elevado para permitir a polícia a ter uma visão mais panorâmica do circuito ou para que os policias descansassem por alguns minutos sem ter que sair do circuito. Também não havia sanitários químicos ao longo do percurso "o que fez com que a Avenida ficasse uma fedentina só e que o ato obsceno de urinar em público fosse legalizado tacitamente".
JORNAL BAHIA ONLINE
MAURICIO MARON
Eu fui e me arrependir, pois logo ao chegar teve tiros. E ainda um dos diretores do bloco diz em um blog que a violencia aconteceu depois que o bloco passou , mais tenham certeza é mentira foi justamente na passada do bloco, foi um desastre deveriam proibir este tipo de vento depois do carnaval. Eu sobrevivi .
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