quinta-feira, 9 de maio de 2013

Cremeb rejeita médicos cubanos


Foto: Flickr/Jusada
Conselho Estadual de Medicina é contra a vinda de médicos cubanos ao Brasil
notícia do acerto do governo federal e o de Cuba para importar 6 mil médicos para o país, atendendo uma reivindicação da Federação Nacional de Prefeitos (FNP), foi criticada pela classe baiana. Em vez disto, sugerem que o governo crie um plano de carreira para médico, a exemplo do judiciário, e desmentem que os profissionais não queiram atuar no interior por desinteresse, mas sim devido a contratos irrisórios de prefeituras, que não oferecem ao profissional condições de sustentar uma família.E além do mais há cerca de 50 prefeitos baianos que deixaram o cargo sem pagar aos profissionais.
E citam que na década de 1980, época de José Sarney, houve este mesmo tipo de contratação de médicos cubanos que vieram para o Brasil, inclusive em cidades como Uauá, Santa Maria da Vitória e outras, como conta o presidente do Sindicato dos Médicos da Bahia (Sindmed-BA), Francisco Jorge Silva Magalhães , “se inseriram no país, casaram com mulheres brasileiras e ficaram com a cidadania e não cumpriram o que deveriam”, lamentou.
O médico sinaliza que “o Brasil é a 7ª economia do mundo, não pode se comparar a uma republiqueta. E o problema de saúde no país se resolveria se o governo destinasse os 10%, e não menos de 4% como faz, do Produto Interno Bruto (PIB), à saúde e desenvolvesse um plano de carreira para os médicos atuarem no interior dos estado”.
Para o presidente do Sindimed a medida do governo trata-se de “ um discurso que foge à civilidade. O médico brasileiro se sair daqui tem que fazer todo um processo de adaptação, prestar vários exames para ser aceito. No caso dos médicos cubanos, destacamos que a prevalência de doenças em Cuba é diferente do país”, afirmou
Magalhães explicou que muitos médicos não querem trabalhar no interior por conta das contratações e muitas vezes têm que se submeter à política, dependendo da vontade dos prefeitos e a falta de pagamento. “Temos no sindicato mais de 50 ações contra cidades que com a mudança do prefeito deixaram de pagar o médico contratado pelo anterior. A Federação Nacional de Prefeitos (FNP) deveria pagar estes médicos que ficaram sem seus salários”, informou.
TRIBUNA DA BAHIA

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