sábado, 7 de setembro de 2013

Número de acidentes aéreos triplica em dez anos no Brasil


Com longa experiência de voo, o piloto Joaquim Calixto Neto, 64, sobreviveu a um acidente aéreo há seis anos.

No início da semana, passou duas vezes por uma fiscalização antes de decolar de Belém rumo ao Pará, mas não teve a mesma sorte. Poucos minutos depois de partir, o avião caiu e as três pessoas a bordo morreram.


O caso engrossa a estatística de acidentes aéreos no país, que bateram recorde nos primeiros seis meses na aviação civil, com 86 casos --todos com aeronaves registradas no Brasil.

O número triplicou em relação aos 26 casos do primeiro semestre de 2003, ano em que o Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) iniciou o seu registro. No acumulado do ano, já são mais de cem acidentes.

Houve escalada significativa a partir de 2007, com 102 ocorrências no ano todo; em 2011, chegou a 159 e, no ano passado, alcançou 178. Os números levam em consideração, também, a aviação regular, ou seja, as linhas aéreas.

"A aviação está crescendo e o volume de voos, aumentando", diz o coronel aviador Fernando Camargo, investigador do Cenipa.

"Mas o grosso das ocorrências se concentra na aviação geral, que é o cidadão que tem o próprio avião, que escolhe a oficina, que cuida da manutenção do modo que acha melhor", afirma.
FOLHA DE SÃO PAULO

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