sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

VERGONHA, VERGONHA... ANO LETIVO CANCELADO EM ILHÉUS, CONFIRMA CONSELHEIRO

Professor Reinaldo Soares, presidente do Conselho Municipal de Educação.
Professor Reinaldo Soares, presidente do Conselho Municipal de Educação.
Segundo matéria conjunta dos sites Jornal Bahia Online e Agravo, a secretaria municipal de Educação de Ilhéus já foi notificada pelo Conselho Municipal de Educação, que tomou a decisão de invalidar o ano letivo de algumas escolas da rede municipal de ensino por estas não oferecerem nenhuma condição de, em tempo hábil, cumprir os 200 dias letivos ou as 800 horas de aula, conforme determina a lei.
Ainda hoje, de acordo com as publicações, o Ministerio Público será informado da decisão e uma cópia de um relatório elaborado pelo conselho também será encaminhada ao Juizado da Infância e da Adolescência e ao Ministério da Educação. Um trabalho conjunto pelos sites permitiu que os dois veículos tivessem acesso ao documento, durante um encontro que mantiveram com o presidente do conselho, Reinaldo Soares.
Com a decisão do conselho, o prefeito Jabes Ribeiro deverá responder por ato de improbidade administrativa e ter que explicar à justiça e ao governo federal como o seu governo aplicou 27,9 milhões de reais em um setor sem que conseguisse garantir o direito constitucional dos jovens de Ilhéus à educação. Outra medida juridicamente possível é o prefeito ser afastado do cargo, responder por crime de responsabilidade e os pais de cada um dos estudantes prejudicados ingressar na justiça reivindicando indenização por danos morais e intelectuais.
O relatório-denúncia elaborado pelo Conselho de Educação contém seis páginas e 18 anexos e é muito bem embasado. “Entendemos que esta medida que estamos tomando será um divisor de água para que os gestores de Ilhéus, qualquer que seja o governo, respeitem mais a educação”, disse o professor Reinaldo Soares. Ele disse que, mesmo chegando ao extremo de pedir a invalidação do ano letivo, os conselheiros querem, na verdade, o “cumprimento mínimo” da lei. “Não estamos sequer reivindicando qualidade. Neste momento a nossa luta é meramente pela quantidade mesmo”, revela.
Em um dos trechos mais emblemáticos do relatório, o presidente do conselho informa que “desde junho tem manifestado preocupação com os rumos da educação em Ilhéus e o governo demonstrado total inoperância técnica para resolver as questões mais emergenciais”. Com esta declaração, os conselheiros derrubam a tese do governo de que o quadro da educação chegou a este ponto, em função da greve dos professores da rede municipal, que durou 54 dias, tendo início dia 27 de julho e se estendendo até 7 de outubro.
VIA: ILHÉUS24H

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