segunda-feira, 2 de junho de 2014

Cientistas descobrem uma megaterra

Astrônomos nos Estados Unidos acabam de anunciar a descoberta doprimeiro membro de uma nova classe de planetas: as megaterras. O achado foi divulgado durante a reunião da AAS (Sociedade Astronômica Americana), que está rolando em Boston.
A megaterra Kepler-10c. Imensa, mas rochosa. Ao fundo, o vizinho Kepler-10b, ainda maior e quase colado à sua estrela.
Kepler-10c, a megaterra. Imensa, mas rochosa. Ao fundo, Kepler-10b, ainda maior e quase colado à estrela. (Crédito: CfA)
O planeta conhecido como Kepler-10c havia sido originalmente identificado em 2011, pelo satélite caçador de planetas americano Kepler. Mas só agora os astrônomos liderados por Xavier Dumusque, do Centro Harvard-Smithsoniano para Astrofísica, mediram sua massa, o que permitiu identificar sua natureza. Ele é rochoso, como a Terra, mas muito maior.
“Ficamos muito surpresos quando percebemos o que encontramos”, disse o pesquisador.
A surpresa é que, com um diâmetro cerca de 2,3 vezes maior que o da Terra, imaginava-se que ele fosse um mininetuno, ou seja, um planeta gasoso, mas menor que os que temos no nosso Sistema Solar. Contudo, ao descobrir que ele tem massa 17 vezes maior que a da Terra, os pesquisadores puderam calcular com precisão sua densidade. Isso por sua vez demonstrou que ele é rochoso, não gasoso.
Embora o Kepler-10c, que orbita uma estrela similar ao Sol (tipo G) dando uma volta a cada 45 dias, seja quente demais para abrigar vida, sua descoberta tem implicações importantes para a busca por outras biosferas no Universo. Ele basicamente assinala a possibilidade de que muitos mundos maiores que o nosso sejam similares em natureza à Terra e, portanto, possam ter condições adequadas para o florescimento de seres vivos.

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