segunda-feira, 2 de junho de 2014

Detran vai mudar sistema para impedir o comércio ilegal de placas de veículos

Com o objetivo de combater o comércio irregular de placas de veículos, o Departamento Estadual de Trânsito da Bahia (Detran-BA) fará licitação para contratação de um sistema de controle do fornecimento de placas automotivas. O novo sistema vai informatizar o controle e rastrear a placa do início da fabricação até o destino final, que seria os veículos. A licitação será publicada neste mês de junho, ainda sem data definida.  
Atualmente, todo controle de comercialização de placas na Bahia é feito de forma manual. Mensalmente, as empresas terceirizadas e fabricantes emitem relatório, o que facilita a ocorrência de fabricantes que podem comercializar as placas sem autorização do órgão. “Queremos a criação do sistema de controle e fiscalização para que não ocorram práticas ilegais”, disse o diretor de veículos do Detran, Major Márcio Blanco. 
Com o apoio da Secretaria de Segurança Pública (SSP) e do Ministério Público, o Detran pretende com o novo sistema coibir a comercialização ilegal das placas, assim como a proliferação de veículos clonados, furtados e roubados para utilização de assaltos, sequestros relâmpagos, saidinhas bancárias e outras modalidades criminosas. “A SSP é um órgão de fundamental apoio no quesito fiscalização e o Ministério Público é importante no quesito transparência”, disse Major Blanco. 
No Detran não há dados sobre a quantidade de veículos clonados na Bahia, porém, sabe-se que, em 2010, o estado foi recordista desta irregularidade. Em Salvador, em frente ao próprio Departamento Estadual de Trânsito, é possível encontrar vendedores de placas não autorizadas pelo órgão. Segundo o Código de Trânsito, uma placa de automóvel é igual ao número de uma carteira de identidade e não pode ser alterada. 
Clonagem
Na maioria dos casos, a clonagem, que pode ser total ou parcial, ocorre por encomenda e é realizada por quadrilhas especializadas. De acordo com informações policiais, o pedido é feito, o ladrão “escolhe” o veículo e uma oficina clandestina confecciona a placa. Além dos proprietários legítimos sofrerem com multas frequentes, eles ainda podem correr riscos, uma vez que o carro clonado pode ser usado em outras práticas criminosas.
TRIBUNA DA BAHIA

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