quinta-feira, 23 de junho de 2016

Ex-ministro Paulo Bernardo é preso

Camila Bomfim e Adriana JustiDa TV Globo, em Brasília, e do G1 PR

Gleisi Hoffmann chega para a cerimônia de posse de Dilma (Foto: Renan Ramalho / G1)A senadora Gleisi Hoffmann na cerimônia de posse
da presidente Dilma Rousseff (Foto: Renan Ramalho
/ G1)
O ex-ministro Paulo Bernardo foi preso nesta quinta-feira (23) na 31ª fase da  Operação Lava Jato. Um mandado de busca e apreensão também está sendo cumprido na casa da senadora Gleisi Hoffmann, em Curitiba.
A Polícia Federal indiciou Gleisi Hoffmann (PT-PR) e o marido dela, o ex-ministro Paulo Bernardo, ao concluir o inquérito sobre as suspeitas de que dinheiro desviado da Petrobras abasteceu em 2010 a campanha ao Senado da parlamentar.
A defesa do ex-ministro disse que desconhece as razões da prisão, e que estranha porque Paulo Bernardo sempre se colocou à disposição das autoridades.
A PF afirma ter indícios suficientes contra Gleisi e o marido, o ex-ministro Paulo Bernardo, por suposto envolvimento em crime de corrupção.
As conclusões da Polícia Federal foram anexadas ao inquérito 3979, que tramita no Supremo Tribunal Federal , na Operação Lava Jato.
A PF entendeu que há indícios suficientes de que a campanha de Glesi recebeu R$ 1 milhão em propina. Um novo delator , Antonio Carlos Pieruccini, informou que transportou o dinheiro, em espécie, de São Paulo para Curitiba em quatro viagens e que entregou a quantia para Ernesto Kugler,  empresário que seria próximo de Gleisi.
Segundo a PF, as entregas ocorreram na casa de Kugler e em empresas das quais é sócio.
E que o empresário e o então tesoureiro da campanha de Gleisi, Ronaldo da Silva Baltazar,  se falaram por telefone pelo menos 25 vezes.
Segundo o relatório da Polícia Federal, ao qual a TV Globo teve acesso, o suposto pedido de dinheiro para a campanha de Gleisi teria sido feito ao ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa quando Paulo Bernardo era ministro do Planejamento do governo Lula e só porque o ex-ministro teria conhecimento do esquema de desvios na Petrobras
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