Isaquias Queiroz segue encantando o público no Estádio da Lagoa Rodrigo de Freitas. Depois de conquistar a medalha de prata no C1 1000m (canoa individual com percurso de 1km), o jovem de Ubaitaba, de 22 anos, voou nesta quarta-feira e terminou a semifinal 1 em primeiro lugar, garantindo com louvor a sua vaga em mais uma decisão na canoagem (veja no vídeo acima). O "Sem Rim", como foi apelidado carinhosamente na Bahia, brilhou. Como é de costume, iniciou a prova atrás, mas remou mais rápido que os outros competidores para finalizar na frente, com o tempo de 39s659, e festejou como se fosse uma medalha. Alfonso Lopez, da Espanha, ficou em segundo, com 40s038, e também está na final. Os outros atletas aguardam os resultados das semifinais 2 e 3.
- Para chegar na final eu tinha que melhorar pouco em relação à minha eliminatória, quando eu não saí muito bem. Tive um erro que acabei ficando de lado e o português e o francês colocaram quase um barco na minha frente e eu consegui recuperar. Na semifinal eu tinha que realizar uma saída sem erro. Acabei fazendo uma ótima saída e consegui chegar na frente - disse ele.
Isaquias Queiroz está voando no Rio
(Foto: Reuters)
(Foto: Reuters)
A marca de Isaquias foi a melhor das três semifinais do C1 200m disputadas nesta quarta-feira. Na canoagem velocidade, de acordo com assessoria da Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa), não se contabilizam recordes mundiais e olímpicos devido à diferença de características entre as lagoas, como o vento, por exemplo. Mas, caso essas marcas fossem registradas, o baiano teria se tornado o recordista olímpico dessa prova com a performance.
- O tempo ajuda bastante. Dá um incentivo a mais. Ver que você fez o melhor tempo entre os adversários. Mas acho que o vento acabou comprometendo mais a minha semifinal para as outras. Tempo não significa nada. Em uma eliminatória ou semifinal você pode pegar mais vento atrás e acaba favorecendo o outro. Melhor mesmo é colocar todo mundo junto para ver quem é o melhor. Vamos ver quem vai fazer o melhor tempo e bater o recorde olímpico - disse Isaquias.
- O tempo ajuda bastante. Dá um incentivo a mais. Ver que você fez o melhor tempo entre os adversários. Mas acho que o vento acabou comprometendo mais a minha semifinal para as outras. Tempo não significa nada. Em uma eliminatória ou semifinal você pode pegar mais vento atrás e acaba favorecendo o outro. Melhor mesmo é colocar todo mundo junto para ver quem é o melhor. Vamos ver quem vai fazer o melhor tempo e bater o recorde olímpico - disse Isaquias.
Isaquias Queiroz vai brigar por novo pódio na quinta, às 9h16 (de Brasília). Depois, ainda terá a disputa do C2 1000m, ao lado de Erlon Souza. Na sexta, às 9h21, compete na eliminatória. Se avançar, disputa 1h depois a semifinal e, caso vá à decisão, volta à água no sábado, às 9h14.
O apelido de "Sem Rim" de Isaquias surgiu na Bahia em um episódio que ficou conhecido por todos os habitantes da pacata Ubaitaba, que tem cerca de 30 mil habitantes. Com 10 anos, ao tentar subir uma árvore para ver uma cobra morta que estava pendurada em um galho de uma mangueira, ele se desequilibrou e caiu feio em cima de uma pedra, onde ficou desmaiado. Teve hemorragia interna e perdeu o órgão. Precisou ficar internado na UTI em um hospital de Itabuna, a 62km de sua terra natal, mas sobreviveu. Até hoje, precisa ingerir mais água que seus colegas de seleção brasileira por conta do acidente.
O Brasil ainda competiu na semifinal do caiaque (K2 200m), com Edson Silva e Gilvan Ribeiro, e foi bem. Contudo, não o suficiente para garantir vaga na decisão. Os dois terminaram na quarta colocação, atrás de Grã-Bretanha, Alemanha e Sérvia, e estão na final B, que não vale pódio. O tempo dos brasileiros foi de 33s359. Os britânicos fizeram 31s899.
Isaquias Queiroz vence a semifinal 1 da canoagem velocidade C1 200m) (Foto: Reuters)
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