segunda-feira, 4 de maio de 2020

Turismo: para o Nordeste, 2020 já acabou

Foto: Laryssa Machado | Ag. A TARDE - Foto: Laryssa Machado | Ag. A TARDE
Após um fim de 2019 marcado pelo derramamento de óleo nas praias, a região Nordeste do Brasil vê o ano de 2020 praticamente como perdido para o turismo. A atividade representa aproximadamente 10% do Produto Interno Bruto (PIB) dos estados nordestinos reunidos.
A Bahia está com cerca de 90% da rede hoteleira temporariamente fechada. Como na maior parte dos demais estados do Nordeste, muitos hotéis na Bahia deram férias coletivas aos funcionários, mas alguns já começam a demitir ou fechar as portas em definitivo. Um dos casos é o Pestana Convento do Carmo, no Centro Histório de Salvador, que fechou as portas após 15 anos. O motivo alegado pelo grupo português foi a crise da pandemia do coronavírus.
Segundo reportagem da Folha de S. Paulo deste domingo, 3, o setor hoteleiro na capital baiana esperava ter o melhor ano da década.
No litoral norte baiano, por determinação da prefeitura de Mata de São João, o Iberostar Praia do Forte e o Costa do Sauípe tiveram que suspender as atividades.
Na Chapada Diamantina, uma vaquinha foi organizada para comprar cestas básicas para guias de turismo que atuam no Parque Nacional.
Em Maragogi, no estado de Alagoas, ao menos 200 bugueiros que levavam a vida transportando pessoas para diversos pontos turísticos estão de braços cruzados.
“O ano já está perdido para quem trabalha com turismo. Muita gente foi forçada a tirar férias antecipadas, outras pessoas foram demitidas e estão sem dinheiro para viajar. Infelizmente, 2020 acabou”, diz Jeferson Floreano da Silva, 33, um dos transportadores.
Em Fernando de Noronha, o governo de Pernambuco fechou o aeroporto. Segundo a reportagem do diário paulista, a presidente do Conselho de Turismo da ilha e secretária-executiva da Associação dos Pousadeiros, Auxiliadora Costa, cobra teste de toda a população para as coisas voltarem ao normal rapidamente.
No Rio Grande do Norte, o governo autorizou o funcionamento de hotéis e pousadas. No entanto, a restrição de voos e a vida das cidades ainda fora da normalidade deixam empresários do setor com a sensação de que não vale a pena abrir as portas, pois não há demanda.
ATARDE

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