terça-feira, 26 de janeiro de 2021

Filial brasileira da AstraZeneca nega que venderá vacinas ao setor privado

A filial brasileira da farmacêutica AstraZeneca negou em nota divulgada nesta terça-feira (26) que pretenda vender vacinas contra o coronavírus para o setor privado.

O posicionamento ocorre após vir a público a negociação por um grupo de empresas privadas brasileiras de um lote de 33 milhões da vacina AstraZeneca/Oxford.

A negociação está sendo intermediada pelo fundo BlackRock e pela empresa de exportação BRZ e já recebeu o aval do governo brasileiro por meio de uma carta.

“No momento todas as doses da vacina estão disponíveis por meio de acordos firmados com governos e organizações multilaterais ao redor do mundo, incluindo da Covax Facility não sendo possível disponibilizar vacinas para o mercado privado”, diz a farmacêutica.

Segundo um empresário envolvido nas conversas, as doses foram oferecidas a um preço bem mais alto, US$ 23,75, enquanto o governo brasileiro pagou pouco mais de US$ 5 pela encomenda já feita.

Essas fontes mantêm que as conversas continuam apesar da negativa com a filial brasileira. Dizem que as tratativas estão em curso com o BlackRock, fundo que é o acionista da AstraZeneca.

O governo brasileiro fez três exigências para a compra de vacinas pelo setor privado: aprovação pela Anvisa, doação de pelo menos metade das doses e utilização do restante de graça apenas nos trabalhadores das empresas.

A AstraZeneca vem sofrendo pressões ao redor do mundo por atraso na entrega de suas vacinas, incluindo a União Europeia e o Brasil. Por meio da Fiocruz, o governo brasileiro tem um acordo com a empresa para receber 100 milhões de doses da vacina até julho.

Até agora, no entanto, apenas 2 milhões de doses foram entregues vindas da fábrica na Índia. A AstraZeneca ainda não conseguiu a liberação pela China onde o princípio ativo da vacina é feito para enviar o material para envase no Brasil pela Fiocruz.

CNN BRASIL

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