segunda-feira, 16 de agosto de 2021

Podemos ter blecautes no 2º semestre, diz diretor do Centro de Infraestrutura

 Crise hídrica (29 de maio de 2021)

Crise hídrica (29 de maio de 2021)
Foto: Reprodução / CNN

 Apesar da crise energética, com baixa recorde nos reservatórios, dados da Empresa de Pesquisa Energética apontaram alta no consumo de energia de 7,7% no ano. Na avaliação do diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, Adriano Pires, “estamos vivendo uma situação difícil.”

A retomada do crescimento econômico faz aumentar o consumo de energia, e o governo federal, para gerenciar a situação, teve de ligar as termoelétricas, que são mais caras e, consequentemente, pressionam a tarifa da conta de luz – que já está na bandeira vermelha 2. 

Diante disso, Adriano Pires, em entrevista à CNN Rádio acredita que pode faltar abastecimento: “Podemos, sim, ter problemas no segundo semestre de blecautes localizados e perda na frequência da energia.”

Outro fator apontado pelo especialista é o aumento da conta de luz, que “chega ao limite”: “Não adianta aumentar muito mais a tarifa, porque o consumo não cai na mesma proporção, a consequência pode ser o aumento da inadimplência.”

De acordo com Adriano, houve demora para ligar as termoelétricas. “A gente sempre fala que a energia mais cara é a que não tem, não tem outro jeito agora, mas demoramos, o Brasil tem uma matriz elétrica refém do clima, água, vento, estamos ficando reféns do sol, temos problema de planejamento do setor elétrico.”

Na opinião dele, o caminho é a diversificação: “É esse o desafio, nos últimos 20 anos, a protagonista das crises energéticas é sempre a água. Com as mudanças climáticas, a questão da água está muito imprevisível, o dever de casa é dar maior confiabilidade da matriz energética.

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