quarta-feira, 30 de março de 2022

Suspeito de planejar massacre estava em grupos nazifascistas há 1 ano

 

PCDF deflagrou operação depois de dois meses de investigação -  (crédito: Divulgação/PCDF)
PCDF deflagrou operação depois de dois meses de investigação - (crédito: Divulgação/PCDF)

Filho e neto de servidores públicos do Judiciário e da Secretaria de Educação, o jovem, de 20 anos, suspeito de planejar massacres a escolas do DF participava de grupos nazifacistas e antidemocráticos na internet há, pelo menos, um ano. O rapaz estudou, desde a infância, em colégios particulares da Asa Sul e sempre morou em casas situadas em áreas nobres de Brasília. O estudante foi alvo de uma operação desencadeada pela Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC) na manhã dessa terça-feira (28/3) e acabou preso por armazenar fotografias e vídeos pornográficos envolvendo crianças e adolescentes.

O estudante mora com a avó, que é professora de matemática aposentada, e com o avô, técnico administrativo aposentado. Ambos, da Secretaria de Educação. Na casa de vidro espelhada e com três andares, o rapaz escondia uma arma airsoft, facas e canivetes, um taco de beisebol e até uma máscara do personagem fictício Jason Voorhees, personagem assassino de filmes. Em depoimento, ele contou que os familiares sequer desconfiavam de alguma tentativa da prática criminosa e confessou que participava de grupos nazifascistas e antidemocráticos na internet.

Aos 20 anos, o estudante reprovou duas séries na escola e atualmente cursa o 3º ano do ensino médio em um colégio particular da Asa Sul. O Correio apurou que durante toda a vida escolar, o rapaz ficou matriculado na mesma instituição, exceto no 6º ano do ensino fundamental, em que foi para o Centro de Ensino Fundamental Polivalente, em 2014.

Ao ser interrogado sobre os fatos, o estudante contou, na delegacia, que sofreu bullying e participava de um grupo na web que poderia praticar um massacre, mas que acreditava que não teria coragem “quando chegasse o momento”. Nas redes sociais, ele afirmou que disparava discursos homofóbicos, misóginos e nazistas, mas os textos seriam apenas “ironias”.

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