O PM Dyegho Henrique Almeida da Silva matou a ex-companheira, Franciele Cordeiro e Silva, a tiros em uma rua de Curitiba, no final da tarde de terça-feira (13).
Segundo a polícia, ele saiu de sua moto e alvejou o carro que a vítima dirigia. O suspeito entrou no carro e permaneceu com o corpo da vítima e, segundo a polícia, após cerca de quatro horas de negociação, cometeu suicídio.
Câmeras de segurança flagraram Dyegho atirando. Nas imagens é possível ver que o homem surpreende a mulher obrigando-a a parar. Logo em seguida ele realiza os disparos contra a condutora, que tenta fugir de ré porém é alvejada e morta.
“Eu estava passeando com meu cachorro e ouvi cerca de oito disparos. Fomos correndo ver o que aconteceu. A PM chegou muito rápido. O atirador estava em uma moto vermelha, parou o carro branco, deu cinco tiros, uma pausa de 10 segundos e mais três tiros. A menina que estava de passageira está muito abalada e contou que o homem é padrasto dela”, disse uma testemunha.
Antes de se matar, o PM gravou um vídeo em seus stories do WhatsApp tentando se justificar que ele queria reatar mas ela não o aceitava de volta, e que homem também sofre com relacionamento abusivo.
“Só para todo mundo saber, homem também sofre relacionamento abusivo. Homem é abusado, esculachado, passa por muita coisa na mão de uma mulher e isso afeta o psicológico, afeta tudo. No primeiro sinal de abuso, fuja rapaziada. Vocês não merecem”, disse.
Durante o tempo em que esteve separado de Franciele, o PM, que não aceitava o fim do relacionamento, já havia procurado a ex por diversas vezes na tentativa de reatar. O casamento dos dois era considerado por pessoas próximas como conturbado.
O que pode ter desencadeado o crime:
Franciele fez um boletim de ocorrência contra o PM, onde relatou que teve um relacionamento com o policial por um ano e que os dois haviam se separado havia um mês. A mulher relatou que, na sexta-feira (9), o suspeito ligou para a casa dela e fez ameaças.
No documento, a mulher disse que ligou para a Polícia Militar e alertou que o homem estava “transtornado” e rondando a residência.
A vítima disse que no ano passado engravidou de Dyegho e que ele insistia para que ela abortasse. A mulher disse à polícia que o militar chegou a ajudá-la a montar o quarto do filho que ela esperava, mas que ele deu a ela um remédio abortivo sem que ela soubesse durante uma relação sexual.
A criança morreu dias após o nascimento, que foi prematuro, segundo ela. A mulher relatou ainda que, após uma depressão, o militar chegou a ser afastado dos trabalhos por um mês.
Nesta quarta-feira (14), a Polícia Civil informou que a vítima registrou o boletim no domingo (11). “Na segunda-feira, foi solicitada a prisão do suspeito, o qual estava em andamento. Também foi requerida medida protetiva para a vítima”, disse.
Em nota, a PM se solidarizou com os familiares das vítimas e lamentou o ocorrido. “Todos os procedimentos de segurança foram adotados pelas equipes policiais desde a primeira intervenção e as tratativas foram feitas de forma incessante”, disse a corporação.
Fonte: g1
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