A família da adolescente Hyara Flor, morta aos 14 anos no dia 6 de julho, em Guaratinga, extremo sul da Bahia, fez um protesto na manhã desta segunda-feira (31), em frente ao fórum da cidade. Suspeito do crime, o marido da vítima foi apreendido no dia 26 de junho, no Espírito Santo, por mandado judicial.
O adolescente está em uma unidade de internamento no estado capixaba. No entanto, os familiares da vítima pedem que ele seja transferido para a Bahia, porque acreditam que ele está sendo privilegiado e não está cumprindo a internação do jeito que deveria ser cumprido.
Por ser adolescente, ele responde a ato infracional análogo ao crime de homicídio qualificado, que é o feminicídio. Em contrapartida, Homero Mafra, advogado de defesa do adolescente, alega que o suspeito deve ser mantido no Espírito Santo para que seja preservada a integridade física dele.
“A razão da transferência é que, estado o adolescente na Bahia, aqueles que o ameaçam e a seus familiares, terão maiores possibilidades, por estarem perto, de levarem a cabo as ameaças que fazem a ele e seus familiares. Por isso, e só por isso, é que se pede que permaneça ele no estado do Espírito Santo. Cabe ao estado zelar pela integridade física dos que estão sob sua guarda e sua custódia”.
A família de Hyara rebateu e disse que não pretende fazer justiça com as próprias mãos e que confia na Justiça da Bahia. A família também pede que o pai do marido da vítima seja responsabilizado, já que a arma utilizada para atirar e matar Hyara Flor pertencia a ele.
O inquérito do caso ainda não foi concluído e a polícia não descartou a possibilidade de outros familiares do adolescente também serem responsabilizados. É este inquérito que vai determinar o motivo do assassinato. A família da vítima acredita que o crime foi um ato de vingança. (G1)
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