segunda-feira, 3 de julho de 2023

Julgamento de acusado de matar corretora de imóveis na BA é adiado pela 4ª vez


 O julgamento do homem investigado por matar a corretora de imóveis Janaína Silva de Oliveira, em Salvador, em 2017, estava marcado para esta segunda-feira (3), mas foi adiado pela quarta vez. Segundo a filha da vítima, Priscila Gama, Aidilson Viana de Sousa segue solto quase cinco anos após o crime. Ele responde em liberdade.

De acordo com a família de Janaína de Oliveira, o cancelamento pela Justiça aconteceu após a defesa de Aidilson Viana de Sousa alegar que o acusado sofreu um acidente de trânsito no domingo (2), no bairro da Barra, e está em observação.

"Ele estava de moto, o laudo diz que o capacete saiu e ele bateu a cabeça. Está em observação, acredito eu que por conta do trauma na cabeça", disse Priscila Gama.

"Minha mãe morreu e ele está curtindo a vida", desabafou.

Na terceira vez que o julgamento foi adiado, em maio deste ano, a defesa do acusado justificou a falta do laudo pericial do acusado no processo. Os advogados da vítima afirmaram que o documento estava presente.

"Isso me deixa muito preocupada, porque se ele já matou uma, pode matar outras. A gente não sabe o que se passa na cabeça de uma pessoa dessas. É muito doloroso a gente ter que sofrer mais alguns meses para que esse júri aconteça sendo que ele é um réu confesso", disse a filha da vítima, revoltada.

O g1 entrou em contato com o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) para entender o motivo do adiamento do julgamento, mas não foi respondido até a última atualização desta reportagem. Nas matérias sobre os outros adiamentos, o órgão informou que por se tratar de crime de feminicídio, o processo tramita em segredo de Justiça.

A segunda vez que o julgamento de Aidilson Viana de Sousa foi adiado foi em 10 de outubro de 2022. Com a justificativa de que um dos advogados do acusado tinha morrido, o júri foi remarcado.

Anteriormente, a data do julgamento já tinha sido alterada porque houve o acusado trocou os advogados e a defesa pediu tempo para analisar o processo.

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