Rosineide Sales de Jesus, 44 anos de idade, moradora do povoado Caatinga no distrito de Tiquaruçu em Feira de Santana, está internada desde a última quinta-feira (27) na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), que fica ao lado do Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA).
A paciente apresentou erisipela bolhosa nas duas pernas e precisa realizar o tratamento contra a doença.
O vizinho Jucimário Vitório de Jesus, mais conhecido como Mário do Gás, solicitou a reportagem do Acorda Cidade, para relatar a situação que a paciente está passando nestes últimos dias.
Segundo ele, Rosineide está sentindo fortes dores, já saiu o número da regulação, mas por falta de vagas, a paciente ainda não foi transferida.
“Rosineide é minha vizinha lá do povoado, e sempre quando tem alguma situação de ter que levar alguém para o hospital, eu que levo, dou este apoio para correr atrás logo de algum médico, remédio, e ela já tinha ido duas vezes para a Policlínica de São José, mas voltou para casa. Ela está com essa erisipela bolhosa nas duas pernas, ainda não estourou, ela tem um irmão que faz tratamento contra um câncer no Hospital Aristides Maltês em Salvador, e tem uma mãe que já é idosa. Então nós trouxemos ela aqui para a UPA, já saiu o número da regulação, mas ela ainda não foi transferida e a situação só piora”, relatou.
De acordo com Mário do Gás, as bolhas também surgiram na região da barriga e as dores estão intensificando cada vez mais.
“Primeiro apareceu nas duas pernas, são grandes bolhas e agora já começou a apresentar na barriga. Ela não consegue levantar, não consegue tomar banho, não consegue fazer nada. Está sentindo fortes dores, ela agora já está na enfermaria, porém antes estava no corredor e lá na UPA não faz o tratamento que ela necessita, por isso que ela precisa ser transferida para um hospital para tomar o antibiótico. As únicas informações que a gente recebe, é que não tem vaga, a gente até compreende, porém com uma situação dessa, muitas coisas podem acontecer como ela pegar alguma bactéria, uma infecção generalizada, a gente sabe que logo no início pode ser algo simples, mas depois o caso pode piorar e vir à óbito”, contou.
Segundo o comerciante, algumas pessoas estão revezando para acompanhar a paciente na unidade.
“Ontem pela manhã, a minha irmã foi ficar com ela de acompanhante, porque a gente sabe que ela só tem o irmão que infelizmente está já em um estado avançado do câncer, ele não pode ficar com ela, e tem a mãe que já é idosa e não tem condições. Então nós enquanto vizinhos, fazemos aquilo que está ao nosso alcance. Eu sempre penso que nós devemos ajudar o próximo, independente de quem seja, porque a gente nunca sabe o dia de amanhã. Lá na comunidade o pessoal já me conhece, estamos neste mundo apenas de passagem, às vezes aquele pouquinho que a gente faz, pode fazer uma grande diferença na vida de uma pessoa”, concluiu.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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