segunda-feira, 2 de outubro de 2023

Com greves de Metrô e CPTM mantidas, SP deve ter 3ª feira de caos

 Imagem colorida de pessoas pegando ônibus

São Paulo – A greve conjunta convocada por funcionários do Metrô e da CPTM deve provocar um caos no trânsito da capital paulista nesta terça-feira (3/10).

A paralisação foi marcada em protesto contra o plano de concessões e privatizações do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) e terá adesão de funcionários da Sabesp, a companhia estadual de abastecimento de água e coleta de esgoto.

Juntos, Metrô e CPTM transportam, todos os dias, cerca de 4,2 milhões de passageiros, considerando apenas as linhas administradas pelas duas estatais e que devem ter a operação afetada pela greve.

A previsão é que tanto as linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata, que são do Metrô, quanto as linhas 7-Rubi, 10-Turquesa, 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade, que são da CPTM, fiquem paradas.

Durante a última paralisação dos metroviários, no dia 23 de março deste ano, a capital registrou mais de 700 km de congestionamento.

Naquele dia, a prefeitura da capital reforçou a frota de 13 linhas de ônibus que cruzam a cidade. Em dias normais, os ônibus da capital já registram uma média de 7,3 milhões de embarques, segundo a SPTrans.

Contra privatizações

A greve dos funcionários das duas categorias contra os projetos de privatização do governador Tarcísio de Freitas deve durar 24 horas.

No sábado (30/9), Tarcísio criticou a mobilização grevista. “Uma greve sem pauta, uma greve política”, disse. “Não estou fazendo nada de diferente do que eu ia fazer”, completou o governador, destacando que o plano de privatizações foi apresentado na campanha eleitoral de 2022.

O governo defende a desestatização, argumentando que a mudança na administração trará vantagens para a população, com a melhoria dos serviços, antecipação de investimentos e até redução de tarifas.

Impacto nas operações

Como alternativa para diminuir o impacto da manifestação nos moradores da região metropolitana, os funcionários da CPTM e do Metrô propuseram trabalhar com catracas liberadas, ou seja, sem a cobrança de passagem para os usuários do transporte público.

Já os trabalhadores da Sabesp asseguram que manterão um efetivo para emergências e que não haverá problema no abastecimento de água.



Protesto dos alunos da USP

Também na terça-feira (3/10), alunos da Universidade de São Paulo (USP) cogitam fazer um “grande ato” na cidade. Os estudantes estão em greve para reivindicar a contratação de mais professores e a ampliação das bolsas de permanência. O protesto, no entanto, ainda não foi confirmado e deve ser decidido em assembleia nesta segunda-feira.

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