Entre as 75 cidades paulistas com mais de 100 mil habitantes, 74 apresentam baixa vulnerabilidade para os jovens. Na Bahia, entre os 16 municípios, 1 tem vulnerabilidade alta, 8 média e 7 média-baixa. No caso dos 12 municípios de Santa Catarina, todos têm vulnerabilidade baixa.
Os resultados foram apontados pelo Índice de Vulnerabilidade Juvenil à Violência (IVJ-V), feito pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), que serão apresentados nesta terça-feira (19) em evento da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp). São considerados os dados de 2010 e, portanto, o crescimento de 15% dos assassinatos em São Paulo ocorrido no ano passado não foi levado em consideração.
Controle da Violência
Foram analisadas 283 cidades brasileiras com mais de 100 mil habitantes, que englobam 104,5 milhões de pessoas, e representam mais da metade da população brasileira. O IVJ-V considera os dados de violência entre jovens a partir de mortes por homicídio e no trânsito, frequência à escola e situação de emprego, pobreza e desigualdade. O valor do índice varia de 0 a 1 (0 para as cidades em melhores condições e 1 nas piores).
Segundo os autores do estudo, o levantamento ajudou a identificar o papel de políticas públicas de segurança eficientes em outros indicadores sociais, como pobreza e distribuição de renda. "Estados como São Paulo e Rio de Janeiro, que conseguiram bons resultados na política de combate à violência, melhoraram seus dados sociais. O controle da violência acaba produzindo um círculo virtuoso", afirma o sociólogo Renato Sérgio de Lima, do FBSP.
Entre os 283 municípios com mais de 100 mil habitantes, 163 cidades, que juntas têm população de 65,9 milhões, apresentam baixa vulnerabilidade para os jovens. A situação é um pouco pior em 117 municípios, com vulnerabilidade considerada média-baixa ou média. Apenas três cidades, as campeãs do ranking, Eunápolis (BA), Marabá (PA) e Arapiraca (AL), têm vulnerabilidade alta. Não há nenhuma cidade, de acordo com o ranking, com vulnerabilidade muito alta.
Uma das principais surpresas é Porto Alegre ser a 2.ª pior colocada, atrás apenas de Maceió. No ranking das capitais, Boa Vista, Macapá e João Pessoa ficam nas cinco primeiras posições. São Paulo é a capital em situação mais favorável no ranking.
RADAR64
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