A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), uma das maiores aliadas do presidente Jair Bolsonaro (PL), aparece em um vídeo gravado neste sábado, (29/10), nos Jardins, bairro nobre de São Paulo, com uma arma na mão perseguindo um homem. O caso ocorreu próximo a um ato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A deputada explicou o caso no Instagram, e disse que foi agredida pelo homem, que seria "um homem negro" e "militante de Lula". "Me chamaram de filha da puta", disse.
No vídeo, o homem aparece correndo no cruzamento das alamedas Lorena e Joaquim Eugênio. A pessoa que faz a gravação diz "é a Zambelli, é a Zambelli". Momentos depois, a deputada aparece com uma arma na mão, apontando em direção ao homem, e grita "pega ele".
O homem tenta se esconder em um comércio. Zambelli entra no local e grita para ele: "deita no chão, deita no chão".
Confira o momento:
Pelo Instagram, a deputada fez uma publicação explicando o caso. O vídeo tem a legenda "Militantes de Lula me cercaram e me agrediram quando eu saía do restaurante". "Acabei de fazer um boletim de ocorrência, pois fui agredida agora pouco. Me empurraram no chão, era um homem negro, pois escolheram um homem negro para vim em cima de mim, mas eram vários. Eu estava saindo do restaurante, eles tinham visto a gente antes, então me cercaram, e me empurraram, me machucaram. Eles me chamaram de filha da puta, de prostituta, me xingaram de várias coisas, cuspiu em mim", diz a deputada.
Logo depois, Zambelli diz que foi empurrada pelo homem. "Quando ele me empurrou, eu sai correndo atrás deles, disse que ele tinha que ficar aqui, para poder esperar a polícia chegar, aí ele se evadiu. Então, eu saquei a arma e sai correndo atrás dele, pedindo para ele parar. Ele ficou com medo, e parou dentro de um bar, e eu pedi para ele esperar, para dar flagrante nele. Nisso ele começou a pedir desculpa, porque estava filmando, acabando de filmar o pedido de desculpa, eu disse: ta bom, agora você pode ir. Então ele pegou e começou a fazer de novo", afirma Zambelli.
No vídeo, a deputada a deputada ainda diz que vem recebendo "muitas ameaças de mortes", e mais de "10 mil mensagens e 200 ligações". "Eu recebi várias mensagens, mas uma delas disse que ia dar tiro de 12 na minha cara. É daqui de SP, estou indo para a Polícia Civil, para notificar essa pessoa, para ela dar depoimento. Ele vai ser intimado", completa a deputada bolsonarista.
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