Dois meninos, de 7 e 9 anos, e uma menina de 11 - foram mortos na madrugada deste domingo (30), pelo vizinho em Três Irmãos, na Grande Belo Horizonte. O padrasto de duas crianças e pai de uma delas, identificado pela polícia como Ronaldo, também foi morto. O suspeito foi preso e confessou o crime.
Vizinho da família, um primo de Ronaldo confessou o assassinato, segundo a polícia, e disse que um dos motivos para o crime seria o barulho feito pelas crianças. Outra razão seria sua demissão do emprego - ele afirma que a causa estava associada a Ronaldo.
De acordo com a Polícia Civil, que segue investigando o caso, durante a confissão ele contou que trabalhou com Ronaldo em um frigorífico de onde foi demitido e a causa da demissão estaria relacionada com o parente.
Por volta das 23h30, o primo de Ronaldo, que morava no andar de cima, teria percebido a janela da casa aberta, e entrou na residência já iniciando uma luta corporal. O assassino confesso matou Ronaldo com uma faca de cozinha da própria casa e em seguida se dirigiu até o quarto das crianças.
De acordo com a Polícia Civil, durante o relato, ele contou que matou primeiro a menina, e que a faca quebrou, pegando então uma outra faca e em seguida matando o menino de 11 anos e por último o de 7 anos.
Ele disse que queria acabar com o problema do barulho supostamente causado pelas crianças. A polícia foi acionada pela mãe das crianças que trabalhava à noite em uma padaria próxima, no mesmo bairro. Ao chegar em casa, pela manhã, por volta das 6h45, ela se deparou com o companheiro e os três filhos mortos. A mãe ainda tem um quarto filho, que não estava em casa na noite do crime.
Suspeito voltou ao local do crime
O autor do crime retornou à casa durante as investigações policiais, e os agentes desconfiaram ao perceber que ele estava com as mãos sangrando, quando ele então confessou o crime. O autor chegou a trocar de roupa, esconder as facas e seu celular no telhado de outra casa localizada em um matagal próximo.
Ainda de acordo com a Polícia Civil, o autor do crime não se mostrou arrependido em nenhum momento e apenas afirmava que teria resolvido o problema dele em relação ao barulho que as crianças faziam e ao fato de o primo Ronaldo ter sido o motivo de sua demissão.
Ele disse não ter problemas psicológicos, não ser usuário de drogas nem de álcool e se considerar "uma pessoa normal".
A Polícia Civil confirmou que o autor do crime tem passagem pela polícia na Lei Maria da Penha, por já ter ameaçado a companheira que não está mais com ele. A mãe das crianças ficou em estado de choque e foi atendida em uma UPA da cidade, onde ainda permaneceu em atendimento até o final de domingo.
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