Hassan Al Thawadi, um dos dirigentes da Copa do Mundo no Catar, reconheceu a morte de "entre 400 e 500" trabalhadores migrantes durante os preparativos para o torneio.
Em entrevista ao canal britânico TalkTV, Al Thawadi admitiu estas mortes, depois de o jornal britânico The Guardian ter feito uma investigação que estimou as mortes em 6.500.
Até agora, o Catar havia reconhecido apenas a morte de 40 migrantes na construção de estádios. "A cada ano a segurança nesses locais está melhorando. Acho que, em geral, a necessidade de reforma trabalhista indica que melhorias devem ser feitas. Isso é algo que reconhecemos antes de realizar a candidatura. As melhorias que foram produzidas não foram para a Copa do Mundo. Tínhamos que fazê-los por nossos valores", admitiu Al Thawadi.
Muitas nações que disputam a Copa do Mundo questionaram a sede da competição no Catar por conta de diversas restrições impostas pelo país e também pela morte de funcionários que trabalharam na infraestrutura exigida para o evento.
Relatório divulgado pelo grupo de direitos humanos Equidem no início de novembro, apontou que trabalhadores migrantes que construíram os estádios da Copa do Mundo de 2022, no Catar, sofreram “violações persistentes e generalizadas dos direitos trabalhistas”. As alegações incluem discriminação baseada na nacionalidade, práticas ilegais de recrutamento e até salários não pagos.
Apesar disso, a conclusão do estudo foi que o Catar apresenta um ambiente hostil para os trabalhadores migrantes.
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