30 anos do tetra: onde estão os personagens do título mundial do Brasil
Há exatos 30 anos, o Brasil conquistou o quarto dos cinco títulos da Copa do Mundo que possui no futebol masculino. No dia 17 de julho de 1994, nos Estados Unidos, a Seleção Brasileira de Carlos Alberto Parreira venceu a Itália, de forma dramática, nos pênaltis, e atribui a alcunha de tetracampeões mundiais a 22 jogadores.
Depois de 30 anos da conquista, a maioria dos personagens do tetra segue ligada ao futebol. Astro da companhia, Romário é um dos que seguiram por caminhos inusitados. A nota triste fica por conta do falecimento de Mário Jorge Lobo Zagallo, coordenador técnico na campanha nos Estados Unidos.
Na galeria abaixo, veja onde e como está cada personagem do tetracampeonato mundial da Seleção Brasileira!
Taffarel foi o goleiro titular na campanha do tetracampeonato. Ele foi fundamental para a conquista, defendendo um pênalti cobrado por Massaro na final contra a Itália. O camisa 1 também disputou os Mundiais de 1990 e 1998 pela Seleção Brasileira. Aposentado como jogador desde 2003, ele trabalha como preparador de goleiros da Seleção Brasileira e do Liverpool, da Inglaterra, atualmenteFoto: Alberto Escalda/EM/D.A Press – NELSON ALMEIDA/AFP
Jorginho foi o titular da lateral direita na Copa do Mundo de 1994. Ele se aposentou como jogador em 2002, pelo Fluminense. De 2006 a 2010, foi o auxiliar técnico de Dunga na Seleção Brasileira, disputando o Mundial da África do Sul no cargo. Como técnico, já passou por Vasco, Flamengo e Bahia, entre outros clubes brasileiros. Aos 59 anos, Jorginho atualmente treina o Buriram United, da TailândiaFoto: Reprodução/Fifa – Reprodução/Instagram
Em 1994, Cafu disputou a primeira final de Copa do Mundo – na ocasião, substituiu Jorginho. Ele também disputou as decisões de 1998 (foi vice diante da França) e 2002 (campeão sobre a Alemanha, como capitão do penta). Considerado um dos maiores laterais-direitos da história, Cafu está aposentado desde 2008, dois anos depois de disputar a quarta e última Copa do Mundo da carreiraFoto: Reprodução/nstagram
Dono de um potente chute com a canhota, Branco foi um dos destaques do Brasil na Copa de 1994. Nas quartas de final, marcou um belo gol de falta na vitória por 3 a 2 sobre a Holanda. O lateral-esquerdo se aposentou pelo Fluminense, em 1998. Atualmente, Branco trabalha na CBF como coordenador das seleções de baseFoto: TIMOTHY A. CLARY/AFP – Joilson Marcone/CBF
Na Copa de 1994, Leonardo ficou marcado pela expulsão no jogo contra os Estados Unidos, nas oitavas de final, vencido pelo Brasil por 1 a 0. O ex-lateral-esquerdo já foi técnico do Milan e dirigente esportivo do PSGFoto: Reprodução – FRANCK FIFE/AFP
Titular da zaga em 1994, Aldair se aposentou dos gramados em 2010. Como jogador, atuou por Flamengo, Vasco e Roma, clube pelo qual é ídolo e campeão italiano na temporada 2000/2001. Ex-zagueiro de ótima qualidade técnica, Aldair joga futevôlei atualmente, aos 58 anos. Em 2012, foi campeão mundial da modalidadeFoto: Reprodução/Fifa – Reprodução/Instagram
Márcio Santos se aposentou como jogador em 2006. Durante a carreira, defendeu São Paulo, Internacional, Botafogo, Atlético, Santos, Bordeaux e Fiorentina, entre outros. Aos 54 anos, o ex-zagueiro trabalha como empresário e é dono de comércios em Santa Catarina, onde tem um shopping. De 2020 a 2021, trabalhou como coordenador de futebol do SantosFoto: Reprodução/Instagram
Mauro Silva foi volante titular na Copa de 1994. Ele é ídolo do Deportivo la Coruña, da Espanha, clube pelo qual se aposentou como jogador, em 2005. Atualmente, Mauro Silva é vice-presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF)Foto: AFP – Reprodução/FPF
Capitão do tetra, Dunga deixou os gramados em 2000. O gaúcho teve duas passagens como treinador da Seleção Brasileira – de 2006 a 2010 e de 2014 a 2016. Como técnico do Brasil, venceu as Copas América (2007) e das Confederações (2009) e chegou às quartas de final do Mundial de 2010, sendo eliminado pela Holanda nas quartas de final. O ex-volante está sem clube no momentoFoto: AFP – Reprodução/Instagram
Mazinho foi titular no meio de campo do Brasil a partir das oitavas de final da Copa de 1994, ganhando a posição de Raí. Aposentado desde 2001, o ex-jogador reside atualmente na Espanha e cuida das carreiras dos filhos Rafinha e Thiago Alcântara, que pendurou as chuteiras recentementeFoto: Reprodução/Fifa – Reprodução/Instagram
Multicampeão por Flamengo, Palmeiras, Grêmio e Cruzeiro, Zinho trabalhou como técnico, auxiliar e dirigente depois da aposentadoria como jogador, em 2007. Atualmente, o ex-meio-campista é comentarista da ESPNFoto: Reprodução/Instagram – Reprodução/ESPN
Ídolo do São Paulo e do PSG, Raí foi titular e capitão do Brasil no início da campanha na Copa de 1994, na qual marcou o gol na estreia do Brasil – vitória por 2 a 0 sobre a Rússia. No entanto, o camisa 10 perdeu a posição para Mazinho e viu Dunga, com a faixa de capitão, erguer a taça no Estádio Rose Bowl, em Los Angeles. Atualmente, Raí é mestrando em ciências políticas e dirige a ONG Gol de LetraFoto: Alberto Escalda/EM/D.A Press – Reprodução/Instagram
Na Copa de 1994, Bebeto formou, ao lado de Romário, uma das duplas de ataque mais icônicas da história do futebol. O camisa 7 marcou três gols na campanha do tetra e também ficou marcado pela comemoração conhecida como ‘embala neném’ em homenagem ao filho Matheus que tinha acabado de nascer. Bebeto se aposentou em 2003. Atualmente, ele segue na carreira política. Em 2018, foi eleito deputado estadual pelo Rio de JaneiroFoto: Alberto Escalda/EM/D.A Press – Reprodução/Instagram
Com cinco gols, Romário foi o craque e vice-artilheiro da Copa de 1994, ano em que também ganhou o prêmio de melhor jogador do mundo. Atualmente, o ‘Baixinho’ é senador pelo Rio de Janeiro e presidente do América-RJ, clube pelo qual tem a intenção de voltar aos gramados, apesar da idade de 58 anosFoto: Alberto Escalda/EM/D.A Press – Reprodução/Instagram
Atacante folclórico do futebol brasileiro, Viola era reserva na Copa de 1994 e entrou somente na final contra a Itália – no lugar de Zinho no segundo tempo da prorrogação. Ídolo do Corinthians, o centroavante jogou até os 47 anos. Ele está aposentado desde 2016Foto: Alberto Escalda/EM/D.A Press
Paulo Sérgio também era opção ofensiva na Copa de 1994. Ele entrou em campo nos jogos contra Camarões e Suécia, pela fase de grupos do Mundial. Revelado pelo Corinthians, o ex-atacante fez carreira no futebol alemão, onde jogou por Bayer Leverkusen e Bayern de Munique. Atualmente, ele é comentarista da TV GazetaFoto: Reprodução/Instagram
Muller foi atacante reserva da Seleção Brasileira na Copa de 1994. Durante a carreira, conquistou títulos importantes pelo São Paulo, com destaque para o bicampeonato mundial e da Libertadores, em 1992 e 1993. Muller está aposentado como jogador desde 2005. Atualmente, ele trabalha como comentarista da TV GazetaFoto: Reprodução/Fifa – Reprodução/Instagram
Então promessa do Cruzeiro, Ronaldo disputou a Copa de 1994, mas não entrou em campo. Posteriormente, foi vice (1998) e penta (2002) pela Seleção Brasileira. O ‘R9’ também foi eleito o melhor jogador do mundo por três vezes. Atualmente, Ronaldo trabalha como empresário do ramo esportivo e é proprietário do clube espanhol ValladolidFoto: Reprodução/Fifa – Reprodução/Instagram
Ronaldão foi convocado para a Copa de 1994 depois do corte de Ricardo Gomes. Como zagueiro, foi bicampeão mundial e da Libertadores pelo São Paulo, em 1992 e 1993, assim como os companheiros de tetra Raí, Muller e Zetti. Em 2002, ele pendurou as chuteiras pela Ponte Preta, clube que o revelou. Até 2018, Ronaldão foi dirigente do clube de CampinasFoto: Alberto Escalda/EM/D.A Press – Reprodução/Instagram
Ricardo Rocha começou a Copa do Mundo como titular na zaga, mas sofreu uma lesão e não entrou mais em campo depois da partida contra a Rússia. No entanto, ele teve papel importante dentro do elenco, com liderança e carisma. O ex-zagueiro trabalhou como treinador, dirigente e comentarista depois da aposentadoria como jogador, em 1998Foto: Reprodução/Instagram
Zetti era o reserva imediato de Taffarel na Copa de 1994. O goleiro multicampeão pelo São Paulo se aposentou em 2001, pelo Sport. No futebol, Zetti também trabalhou como técnico e dirigente. Atualmente, ele é coordenador da escola de goleiros do São PauloFoto: Reprodução/Instagram
Gilmar Rinaldi era o terceiro goleiro da Seleção Brasileira na Copa de 1994. Com passagens por Inter, Flamengo e São Paulo, ele encerrou a carreira como jogador em 1997, no Japão. De 2014 a 2016, Gilmar foi coordenador de seleções na CBF. Depois da saída da entidade, ele não retomou à carreira de empresário de jogadoresFoto: Reprodução/Instagram – Ricardo Stuckert/ CBF
Carlos Alberto Parreira foi o treinador da campanha do tetra, nos Estados Unidos. Ele retornou ao comando do Brasil no ciclo para a Copa de 2006. Na Copa de 2014, foi o auxiliar de Felipão. Aos 81 anos, Parreira venceu uma batalha contra um câncer (linfoma de Hodgkin)Foto: Reprodução/Fifa – Reprodução
Mário Jorge Lobo Zagallo era o braço-direito de Parreira na conquista do tetra. Em 1994, como auxiliar técnico, Zagallo conquistou o último dos quatro títulos mundial da carreira – ganhou dois como jogador, em 1958 e 1962, e um como treinador, em 1970. Personagem histórico do futebol, Zagallo morreu em janeiro de 2024, aos 92 anosFoto: Reprodução/Fifa – Reprodução/Instagram
Destaques e time base do Brasil na conquista do tetra
Sob o comando da dupla Carlos Alberto Parreira e Zagallo, o Brasil apostou em futebol pragmático, de posse de bola, com habilidosos atacantes e, principalmente, um consistente sistema defensivo.
O time base da Seleção Brasileira contava com Taffarel no gol; nas laterais, Jorginho e Branco; os zagueiros Márcio Santos e Aldair fechavam a primeira linha de quatro.
Mauro Silva e Dunga eram os ‘paredões’ no meio de campo. Mazinho e Zinho completavam a segunda linha de quatro.
No ataque, a perfeita sintonia entre Bebeto e Romário foi o brilho essencial para a conquista do quarto título mundial. A dupla marcou oito dos 11 gols da Seleção Brasileira na campanha do tetra – média de 72%.
Com cinco gols decisivos, Romário foi o craque e o vice-artilheiro da Copa de 1994. No final daquele ano, o ‘Baixinho’ teve o desempenho no Mundial coroado com o prêmio de melhor jogador do mundo pela Fifa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário