Após denúncias que levaram o Sindipoc (Sindicato dos Policiais Civis) e o Ministério Público do Trabalho a pedirem a interdição do prédio onde funciona a 7ª Coordenadoria de Polícia Civil do Interior de Ilhéus, o delegado regional Evy Paternostro anunciou que o local passará por uma reforma geral em sua estrutura que, nitidamente, está bastante deteriorada.
Ele informou que a Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA) está fazendo um levantamento de todas as necessidades do complexo e já está elaborando um novo projeto de readequação das instalações.
Com relação a presença de ratos, fato também denunciado, o coordenador da 7ª Coorpin disse que foi providenciado o serviço de desratização no prédio e o Centro de Controle de Zoonoses do município, inclusive, foi acionado. Além disso, foi realizado o encaminhamento de um ofício aos responsáveis pelo galpão, para adoção de medidas de controle de parasitas.
“Devido a obras na rede de esgoto da cidade, que estão sendo realizadas em ruas próximas ao complexo e alguns galpões localizados na mesma área, que se encontram fechados, há o risco de infestação de ratos”, explicou Paternostro.
O processo de desratização foi concluído, disse o delegado. O lixo foi retirado de algumas partes do imóvel e toda área foi higienizada. "Objetos apreendidos nas ações policiais e que estavam em alguns espaços do prédio, tiveram seu devido encaminhamento jurídico", acrescentou o coordenador.
Superlotação
Sobre a questão da superlotaçao de presos no local, o delegado informou que, conta da interdição judicial do Presídio Ariston Cardozo de Ilhéus, está havendo um atraso na inserção dos custodiados no sistema prisional. Os presos, portanto, aguardam a transferência.
Teor da denúncia
As denúncias foram feitas pelo Sindipoc (Sindicato dos Policiais Civis), Em um relatório técnico elaborado pela Secretaria Municipal de Saúde de Ilhéus, a pedido do Ministério Público do Trabalho, o sindicato solicitou ao MPT a interdição, em caráter de urgência, da 7ª Coorpin.
Uma vista técnica constatou que o prédio apresenta diversas rachaduras, infiltrações, fiações expostas, mofos nas paredes e nos tetos, acúmulo de poeira e ácaros, ar condicionados com vazamentos, mesas e cadeiras quebradas, extintores fora do prazo de validade, copas e banheiros interditados.
Além disso, segundo relatos dos técnicos, o setor de custódia tem acúmulo de lixo, superlotação carcerária e possui apenas dois funcionários que trabalham em regime de revezamento.
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