Jogador de futebol amador que agrediu um árbitro durante uma partida no Distrito Federal, Pedro Ivo Campos Corrêa de Souza, de 33 anos, recebeu voz de prisão no vestiário do clube onde o jogo era realizado, em Brasília. Assim que foi abordado por um bombeiro militar que presenciou o ato de covardia, Souza fugiu do local. A coluna teve acesso ao boletim de ocorrência registrado pelo empresário Ramay Nunes de Sá, que organiza o campeonato amador.
A agressão aconteceu no segundo tempo da partida, depois de a equipe de Souza levar um gol, como mostrou a coluna Na Mira, no Metrópoles. Descontente com a arbitragem de Kelsey Dias, o jogador deu início a uma série de reclamações e foi advertido pelo juiz. Souza, então, desferiu um golpe por trás na cabeça de Dias, de 34 anos, que desmaiou.
Em seu depoimento, Ramay contou ter visto quando Souza começou a xingar o árbitro e o atingiu com um soco na cabeça.
“Após o soco, Pedro Ivo saiu de campo. Um dos jogadores, Dilson, que é bombeiro militar, lhe deu voz de prisão. Pedro Ivo entrou em seu veículo e se evadiu do clube”, diz o documento. A agressão foi gravada em vídeo, anexado ao boletim de ocorrência. Dias realizou exames clínicos no Hospital de Base, em Brasília, e foi liberado.
Depois do atendimento médico, Dias também prestou depoimento. O árbitro disse ter sido xingado de “desgraçado” e “filho da puta” pelo jogador. “Após o cartão amarelo, Kesley virou de costas e Pedro Ivo desferiu um soco em sua nuca. Kesley caiu desmaiado e foi socorrido ao HBB [Hospital de Base de Brasília]. Disse que, nos exames médicos, não foi declarado nada grave, mas que deve ficar em observação e lhe foi prescrito 5 dias de atestado”, relata o boletim de ocorrência.
Pronunciamento
A empresa que organiza o campeonato emitiu uma nota.
“O Bora Soluções Esportivas não aceita nem tolera qualquer tipo de agressão em seus torneios. No campo esportivo, o agressor foi imediatamente banido do campeonato e de todas as próximas competições da empresa, sem direito a recurso. Não admitiremos que um espaço de lazer e convivência social seja tomado por violência.”
“A empresa prestou o atendimento necessário à vítima, com o auxílio importantíssimo de bombeiros militares, responsáveis pelos primeiros socorros. Depois, acompanhou o árbitro até o hospital para avaliação. Também disponibilizou as imagens da agressão para apuração da Polícia Civil do Distrito Federal.”
“Infelizmente, este não é um caso isolado no futebol amador do Distrito Federal e do Brasil. Agressões a árbitros, adversários e até colegas de equipe ocorrem toda semana, muitas vezes sem a devida punição. É inadmissível que essa cultura de violência ainda seja tão presente no esporte que amamos.”
“Quando o Bora se propõe a organizar a Copa Bora e oferecer, entre os diferenciais, a transmissão ao vivo, a empresa quer filmar golaços, lances engraçados, comemorações e entrevistas inesquecíveis. Mas a transmissão ao vivo também serve para inibir o papel do agressor. É necessário punir adequadamente quem adota esse tipo de conduta. E nós não vamos nos silenciar nem desligar a tela para omitir o fato.”
“O Bora Soluções Esportivas espera que a repercussão do fato contribua para extinguir, de uma vez por todas, atitudes como essa do futebol amador do Distrito Federal e do Brasil.”
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