A estratégia dos hotéis de Salvador de quebrar os tradicionais pacotes de cinco dias para a hospedagem no Carnaval diminuiu a tendência de queda nas vendas para o período.
Com menor procura do que em anos anteriores, os estabelecimentos desistiram em massa da venda dos pacotes (que variavam de cinco a sete dias). Na maioria dos hotéis não há mais número mínimo de diárias para o período.
A menos de 10 dias para o início da festa, a ocupação média em toda a cidade é de 80%, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis - Bahia (ABIH). O setor ainda espera uma ocupação maior do que a do ano passado em dias mais concorridos, como o sábado e o domingo.
Segundo o presidente da ABIH, Jose Manoel Garrido, a decisão começou a ser tomada individualmente pelos hotéis em dezembro. "As vendas estavam difíceis. A quebra de pacotes aconteceu pela primeira vez em 30 anos. O fato de vender por diária este ano facilitou a vida do turista porque ele pode optar por quantos dias ficará na cidade", afirma.
Com a medida, a média de permanência dos turistas na cidade pode cair de cinco para três dias, segundo o presidente da ABIH.
Localizado no circuito do Carnaval, na Barra, o Hotel Monte Pascoal adotou a venda por diárias desde o ano passado. Com ocupação de 92%, o hotel já está lotado de sexta-feira a domingo. As diárias vão de R$ 970 a R$ 1.880. "Ano passado foi uma estratégia minha isolada. Fiz porque senti dificuldade (de vender) e tive que quebrar o pacote. Esse ano todo mundo achou legal e adotou a estratégia", diz Glicério Lemos, diretor do hotel.
Mais distante do circuito, o Mar Brasil Hotel, em Itapuã, quebrou os pacotes e adotou preços diferentes para cada dia. Nem a medida conseguiu melhorar a ocupação para o Carnaval, que hoje está em 70%. As diárias para o sábado e domingo custam R$ 700. A segunda-feira, 16), passou para R$ 560. Os demais dias da festa têm diárias de R$ 420. ATARDE
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