O presidente da Associação Nacional de Transporte no Brasil (ANTB), José Roberto Stringasci, confirmou ao BNews a paralisação dos caminhoneiros, marcada para iniciar nesta segunda-feira (1º). Segundo Stringasci, a reivindicação principal é alta no valor dos combustíveis, que é considerada abusiva.
"Não tem mais condições, chegamos ao nosso limite! Por isso foi decidido esse movimento agora para o dia 1º, reivindicando as leis que foram conquistadas em 2018 e estão em aberto até hoje, principalmente a redução imediata dos combustíveis, que estão com esses aumentos absurdos toda semana", ressaltou.
Além do aumento considerado abusivo, a categoria exige mudanças como a reforma tributária e o fim do Preço de Paridade de Importação (PPI). “Queremos uma política de preço nacional, reajustes semestrais e com uma reforma tributária, porque não tem condições de rodar com esses preços absurdos”, disse. Para ele, as pautas dos caminhoneiros vão trazer reverberar forma positiva para toda a população. “Reduzir e mudar a política de preços de combustíveis, o fim do PPI, vai ajudar a toda a população a reduzir o preço da gasolina, do gás de cozinha e todos os derivados petróleo”, completou.
Ainda conforme o presidente da ANTB, a greve já era uma possibilidade. Contudo, os caminhoneiros decidiram aguardar em razão da pandemia do coronavírus, para não prejudicar a população e, consequentemente, a saúde pública.
Com data para começar e sem data para acabar, a expectativa do Stringasci é que essa greve tenha um alcance superior à de 2018 em decorrência da maior conscientização da categoria e da população sobre as pautas dos caminheiros.
No início do mês, o BNews antecipou a possibilidade da greve da categoria, que foi aprovada em Assembleia Geral Extraordinária do Conselho Nacional de Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC) em 15 de dezembro.
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