São Paulo – A cliente de um bar teve 80% do corpo queimado, segundo a polícia, após a atendente do estabelecimento atear fogo no corpo da vítima, que estava encharcado com álcool em gel. O caso ocorreu no último dia 13, em Cotia, região metropolitana de São Paulo.
Na ocasião, Bruna Regina dos Santos Amador, de 27 anos, afirmou a policiais militares que Juniele Rocha Silva Monteiro, de 37 anos, teria tido um surto, durante o qual jogou álcool em gel sobre todo o corpo. Em seguida, segue o relato de Bruna, a vítima teria acendido um cigarro “momento em que seu corpo entrou em chamas.”
Juniele segue internada em estado grave no Hospital das Clínicas (HC) de São Paulo com falência renal e comprometimento pulmonar, segundo apurado pelo Metrópoles.
Três dias depois, a irmã de Juniele entregou a policiais da Delegacia Seccional de Carapicuíba um vídeo feito pela câmera de monitoramento do bar, que mudou toda a linha de investigação do caso, até então tratado como tentativa de suicídio.
As imagens mostram a vítima aparentemente em surto, enquanto despeja todo o conteúdo de um galão de álcool em gel sobre o corpo. Ela dança e levanta os braços, enquanto é interpelada por uma das suspeitas.
Bruna empurra a vítima algumas vezes e acende um isqueiro, encostando-o no corpo da vítima três vezes, mas sem conseguir alastrar as chamas.
Incêndio
Em seguida, Juniele é abraçada por Bruna, enquanto a balconista Francileide Gomes de Souza, de 48 anos, se aproxima, agacha, e ateia fogo em uma pequena poça de álcool, que se formou no chão do bar, após a vítima se encharcar com a substância instantes antes.
O fogo se alastra rapidamente, cobrindo em segundos todo o corpo de Juniele, além dos pés de Bruna, que chega a retirar a calça. O registro é interrompido neste momento.
Uma Unidade de Resgate do Corpo de Bombeiros atendeu a vítima no local. Por causa da gravidade de seus ferimentos, o helicóptero Águia, da Polícia Militar, precisou levá-la até o Hospital das Clínicas. A unidade de saúde afirmou, na manhã desta sexta-feira (20/1), não ter sido autorizada a atualizar o estado de saúde da mulher.
Prisões
Após ter acesso ao vídeo, a polícia solicitou à Justiça a prisão cautelar de Bruna e Francileide. Um mandado de prisão preventiva, ou seja por tempo indeterminado, foi expedido na tarde dessa quinta-feira (19/1).
Bruna foi presa horas depois e Francileide permanecia foragida até a publicação desta reportagem.
Ambas foram indiciadas por tentativa de homicídio qualificado pelo uso de fogo.
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