Com a suspensão da vistoria periódica para o licenciamento anual de veículos, válida desde esta segunda-feira, 5, o estado deixa de arrecadar cerca de R$ 2 milhões por mês. Os automóveis de passeio não precisam mais passar pela inspeção, que custa entre R$ 80, no Detran-BA, e R$ 125, em empresas conveniadas.
Mas o Detran informa que campanhas educativas serão desenvolvidas para alertar os condutores sobre a importância de realizar regularmente a manutenção preventiva nos veículos. O diretor-geral do órgão, Maurício Bacelar, diz que a fiscalização dos carros de passeio será redobrada, sobretudo a avaliação de equipamentos de segurança.
A suspensão da vistoria (Portaria nº 2.045/2012) foi determinada pelo governador Rui Costa. Nesta terça, 6, nova portaria anulando a anterior sai publicada no Diário Oficial do Estado. Bacelar adianta que os procedimentos para o licenciamento anual continuam os mesmos, exceto a obrigatoriedade da vistoria. Para obter o licenciamento, o condutor precisa pagar o imposto sobre propriedade de veículos automotores (IPVA); o seguro obrigatório de danos pessoais causados por veículos automotores de vias terrestres (DPVAT); eventuais multas e o licenciamento.
Contudo, a vistoria continuará obrigatória para a transferência de propriedade do veículo e de domicílio intermunicipal ou interestadual. Além de também valer para o licenciamento anual de veículos de carga e transporte coletivo (escolar e de turismo).
Sem reembolso
"Aqueles que fizeram a vistoria antes do decreto de ontem não receberão o dinheiro de volta, pois o decreto anterior ainda estava em vigor. Já o recebimento do documento continuará o mesmo: entregamos em casa, por meio dos Correios", explica Bacelar.
Contudo, o deputado federal José Carlos Aleluia (DEM), estuda mover uma ação para cobrar do governo o ressarcimento aos que pagaram anteriormente à publicação do decreto. A medida será tomada logo que o Supremo Tribunal Federal (STF) publique o acórdão considerando inconstitucional a portaria do Detran-BA.
A decisão do STF deverá sair nas próximas semanas. A Advocacia Geral da União (AGU) e a Procuradoria Geral da República (PGR) já deram pareceres favoráveis à Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental nº 360, ação movida pelo deputado baiano. ATARDE
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