São Paulo – Um homem ainda não identificado foi morto pela Polícia Militar com um tiro de sniper, na manhã deste sábado (17/2), em local conhecido como “Beco das Almas”, no Guarujá, litoral sul de São Paulo. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública, ele teria atirado contra os policiais que faziam patrulhamento na área.
Essa é a 27ª morte em incursões policiais na Baixada Santista desde o último dia 28 de janeiro, quando o governo estadual anunciou uma nova operação na região após a morte do soldado da Rota Samuel Wesley Cosmo.
A pasta afirma que os agentes de segurança foram até o local, na Avenida Miguel Mussa Gaze, após receberem a informação de que havia suspeitos armados vendendo drogas.
Segundo a SSP, os suspeitos teriam percebido a presença de policiais a uma distância de cerca de 50 metros e atirado contra eles. Nesse momento, um dos policiais, que atuava como “atirador designado”, revidou, atingindo um dos supostos traficantes.
Os outros suspeitos teriam fugido. Com o indivíduo baleado, foi apreendida uma pistola 380 e uma pochete com mais de 600 porções de drogas entre maconha e cocaína. A arma foi encaminhada para perícia e exames residuográficos foram solicitados.
O caso foi registrado na Delegacia de Guarujá como homicídio – morte decorrente de intervenção policial, tráfico de entorpecentes e posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito.
“Atirador estratégico”
Essa é a segunda vez que a Secretaria da Segurança Pública afirma que suspeitos foram mortos por “atiradores designados” ou “atiradores estratégicos”. De acordo com o secretário Guilherme Derrite, trata-se de uma ferramenta criada pela Rota para a proteção da tropa.
No último dia 14, um homem de 33 anos foi morto a uma distância de mais de 60 metros por um atirador da Rota posicionado no topo de uma construção na comunidade do Saboó, em Santos. Segundo o registro da ocorrência, o suspeito teria atirado contra outros policiais que estavam entrando na comunidade a pé.
“O atirador estratégico é uma ferramenta operacional, uma doutrina criada pelo Batalhão Tobias Aguiar (Rota) para proteção da tropa, que estava em uma comunidade averiguando o tráfico de entorpecentes”, afirmou Derrite em vídeo divulgado nas redes sociais.
A nota divulgada pela SSP sobre a ocorrência deste sábado não deixa claro se o atirador designado que matou o suspeito era da Rota ou se havia algum membro da tropa mais próximo ao suspeito.
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