A fuga de dois detentos da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, voltou as atenções para os problemas da segurança pública no país, considerada uma das áreas sensíveis para o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
De acordo com o próprio Ministério da Justiça e Segurança Pública, sequência de erros permitiram que Rogério da Silva Mendonça, de 35 anos, e Deibson Cabral Nascimento, 33 anos, deixassem a prisão de segurança máxima sem alarde, na madrugada de quarta-feira (14/2). As buscas pelos fugitivos envolvem mais de 300 agentes, entre forças federais e estaduais. É a primeira vez que detentos conseguem escapar de uma unidade de segurança máxima federal em 18 anos de sistema.
De acordo com o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, os detentos usaram ferramentas de uma obra que acontece na unidade prisional para escapar. Além disso, houve falhas nas câmeras de segurança e lâmpadas que deveriam detectar o movimento.
O caso aconteceu duas semanas após Lewandowski assumir a pasta, antes comandado por Flávio Dino. Conforme o Blog do Noblat, do Metrópoles, a crise que se instalou após a fuga deixou integrantes do governo federal “com saudades” do ex-ministro Dino. A avaliação da cúpula é que Lewandowski demorou para intervir na unidade prisional.
Além disso, o presidente Lula orientou o ministro a prestar esclarecimentos pessoalmente sobre o caso em uma entrevista à imprensa. O primeiro pronunciamento de Lewandowski veio no final da tarde de quinta, um dia após a fuga. Na ocasião, ele anunciou uma série de medidas para reforçar a segurança nos presídios federais.
Para o professor Eduardo Galvão, de Políticas Públicas e Relações Institucionais do Ibmec, “Ricardo Lewandowski traz uma confiança por sua reputação no STF, mas há preocupações com o crime organizado e a busca por políticas de segurança eficazes”.
Segundo o professor, a fuga dos detentos revelou falhas na segurança das prisões, porém a resposta do governo indica “um compromisso em usar tecnologia e melhorar a infraestrutura para evitar novos problemas”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário