De acordo com a PM, nos últimos dias ele ficou com a saúde mais debilitada, em meio a forte onda de calor que atingiu a região.
Está sendo velado na cidade de Manga, no Norte de Minas, divisa com Carinhanha e Iuiú, sudoeste da Bahia, o corpo de Olímpio Martins Pires, sargento veterano da Polícia Militar de Minas Gerais que faleceu na noite desta sexta-feira (16), aos 112 anos. Ele era considerado um herói de guerra por ter participado da Revolução Constitucionalista de 1932.
O movimento tinha como objetivo a destituição do presidente Getúlio Varga. O sargento Olímpio era o mais velho militar da reserva da PM e uma das pessoas mais velhas do mundo. Nascido em Araçuaí, no Vale do Jequitinhonha, foi casado e teve oito filhos, dois deles também policiais militares. O sargento Olímpio faleceu em casa, na presença de alguns familiares.
De acordo com a PM, nos últimos dias ele ficou com a saúde mais debilitada, em meio a forte onda de calor que atingiu a região. O corpo de Olímpio será sepultado no Cemitério Central em Manga. O comando da Polícia Militar de Minas Gerais e o da 11ª RPM lamentaram a perda e se solidarizam com os familiares. Nascido no dia 24 de agosto de 1908, em Araçuaí, o 3° Sargento chegou à Manga dia 5 de outubro de 1940, ainda soldado, quando o efetivo da PM era de apenas oito homens e possuía apenas uma viatura.
De acordo com o jornalista Fernando Abreu, muita pesquisar não foi encontrado nenhum registro de outro militar mais velho no Brasil, portanto, possivelmente ele é também o mais velho militar do país Este ano as comemorações de seu aniversário não terão a mesma pompa e alegria dos anos anteriores devido à pandemia do novo coronavírus, mas a família mandou fazer um bolo e, um número restrito de familiares irá cantar os parabéns pra você, “pois a data não pode passar em branco, afinal são 112 anos de muita alegria”, diz a neta Valéria Martins. O velho sargento possui vitalidade, educação, simpatia, gentileza e carisma extraordinários. Levava uma vida simples, em Manga – MG, assistido por filhas, netos e profissionais que se revezam em seu cuidado.
Sem problemas de saúde que o impeçam de levar uma vida normal, cheira rapé e toma uma dose diária de cachaça, que ele chama de “pileque” e não dispensa feijoada, buchada e mocotó. Perguntado sobre o segredo de sua longevidade ele diz, calma e mansamente, que nunca foi de fazer extravagâncias, nunca fumou e nem se embriagou. Quando perguntei se as comidas pesadas não fazem mal, ele disse, sorridente: – Comia e como até hoje! Mas sempre fiz e ainda faço tudo com moderação. Essas comidas são apenas de vez em quando e uma pequena porção, só para matar a vontade, nada de exageros. O segredo de viver muito e não cometer exageros, disse com seu incrível bom humor. // Blog Itatiaia . Folha do Vale.
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