O caso ocorreu na noite de domingo (3/7), no Condomínio Privê Lucena Roriz, em Ceilândia. Em depoimento, uma das primas de Davi contou que o quarto onde estava a arma do militar ficava trancado e as chaves eram guardadas em outro cômodo. Davi e o amigo tinham como costume visitar a residência frequentemente e, inclusive, dormiam lá algumas vezes.
No interrogatório, a jovem contou que a espingarda do tio ficava guardada atrás de um guarda-roupas. No domingo, a avó dos adolescentes saiu, momento em que os meninos chegaram. A jovem também precisou ir à padaria e alertou aos amigos para que eles não mexessem em nada no quarto do militar. Ao retornar para a casa, a menina encontrou Davi ferido com um tiro e o amigo desesperado gritando por socorro.
Davi chegou a ser socorrido pelo Corpo de Bombeiros (CBM-DF) e foi levado ao Hospital Regional de Ceilândia (HRC), onde faleceu. A Polícia Militar foi acionada e encaminhou o menor à Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA) de Ceilândia.
Disparo
Em depoimento, o adolescente contou que era amigo de Davi desde criança e que os dois moravam na mesma rua. Disse, ainda, que pensou que a arma era de chumbinho e resolveu mexer.
Com a espingarda em mãos, o jovem conta ter brincado com Davi ao apontar a arma para ele: “'Imagina uma arma dessa apontada para você”, teria dito o jovem. Segundo ele, ao acionar o gatilho, a arma disparou e acertou o peito do menino. Davi ainda teria corrido para abrir o portão e pedir socorro, mas acabou caindo.
Segundo o delegado-chefe da Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA) 2, Juvenal de Oliveira, o caso foi registrado como homicídio culposo. "O armamento foi apreendido, assim como as munições. O menor foi apreendido e está à disposição da Justiça", afirmou.
Além da arma, a polícia também apreendeu mais de 20 munições, dois carregadores e uma capa para espingarda.
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