Fotos: Carlos Gomes/ Leitor BN
A Polícia Federal desarticulou uma quadrilha que fraudava benefícios previdenciários do tipo Pensão por Morte, em Maragogipe, no Recôncavo baiano, durante a Operação Barbarossa, deflagrada na manhã desta quarta-feira (26). A estimativa inicial é de um prejuízo de cerca de R$ 2,7 milhões. Foram cumpridos cinco mandados de busca, quatro conduções coercitivas, um afastamento de função pública e bloqueio de contas bancárias. A ação foi coordenada por uma força-tarefa composta pela Polícia Federal, pelo Ministério da Previdência Social e pelo Ministério Público Federal. Ao todo, participaram da ação 25 policiais federais e sete servidores da Previdência social. De acordo com as investigações da PF, o grupo, formado por uma servidora da Previdência Social e por seus familiares, tem atuado desde 2006.
Para obter o benefício, a quadrilha realizava inscrições com dados fictícios no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS), sendo a maioria na categoria de trabalhadores rurais ou segurados especiais. Como base material dos golpes, eram usados números de CPF e de identidade de pessoas já falecidas e era informado a data do óbito até sete anos anteriores à data da entrada do requerimento (DER). Desta forma, geravam-se valores atrasados a receber. Ao habilitar os benefícios, a servidora e seus familiares eram cadastrados como Representantes Legais - Administradores Provisórios. Os envolvidos no esquema serão indiciados pelos crimes de estelionato qualificado e associação criminosa, com penas que podem chegar a nove anos de reclusão.
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