Ney Silva e Rachel Pinto
A chuva que vem caindo em Feira de Santana desde a noite de domingo e madrugada desta segunda-feira (25), causou enormes prejuízos aos comerciantes do Centro de Abastecimento. A situação é mais grave no mercado de carnes e laticínios. Água e lama invadiram o mercado causando muitos transtornos. No local, também funcionam lanchonetes que servem refeições.
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade
O comerciante Marcone Macedo que é dono de uma lanchonete localizada no galpão de carnes disse que o motivo de tanta lama e água terem invadido o galpão é a obra do Shopping Popular. Segundo ele, os comerciantes estão passando muitas dificuldades e o dia hoje foi dedicado a limpeza e a retirada da lama do local.
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade
“A gente está aqui trabalhando igual a porco no meio da lama. Estamos passando uma dificuldade tão grande com essa obra do Shopping Popular e não é a primeira vez que fica assim. Até quando não chove acumula lama. Não aguentamos mais. Já recorremos ao poder público e ninguém resolve nada”, lamentou.
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade
Paulo Roberto dos Santos, que também tem um restaurante no local, confirmou todos os transtornos que os comerciantes estão passando no Centro de Abastecimento. Ele relatou que os estabelecimentos estão sendo alagados por água suja e lama fétida.
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade
“Nenhum dono de restaurante pode trabalhar hoje porque estamos no meio de uma água misturada com fezes. Tem foco de dengue, aqui tem de tudo. Pedimos ao poder público, pedimos aos vereadores que nos ajudem porque do jeito que está não tem condições da gente trabalhar. Ontem eu vim aqui e já .tinha muita água. Não consegui dormi pensando nessa situação. Agora está tudo interditado e estamos isolados, no meio do buraco. Aqui não exite drenagem. Feira de Santana será que não tem governo? Será que não tem comando? Nossos vereadores, prefeito, nos ajudem. A gente está aqui a mercê, só quem manda aqui é o consorcio. Hoje não temos nem clima de trabalhar”, acrescentou.
Nadinho Cerqueira que é proprietário de um box de carnes no galpão também lamentou a situação da lama. Ele contou que hoje não conseguiu vender praticamente nada porque cliente nenhum quer entrar em um lugar com uma lama podre com risco até de adoecer. Ele informou que a água acumulada no galpão chegou a medir meio metro de altura.
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade
“Aqui é só lama.Não tem como os clientes virem aqui e pisarem em uma lama podre dessa. Não tem para onde essa água escoar e nós ficamos alagados e no prejuízo”, afirmou.
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade
A comerciante de laticínios Aurian de Jesus eatava inconformada com a água e a lama dentro do mercado. Ela comentou que desde às 6h da manhã retirava água do seu estabelecimento, assim como outros vizinhos fizeram a mesma coisa. Aurian considerou a situação da lama um verdadeiro caos. De acordo com ela, os clientes não podem ter acesso ao mercado, várias pessoas correm o risco de escorregar e o mau cheiro da lama está insuportável.
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade
“Uma rede de esgoto estourou em um dos boxes na área de laticínios e aqui está um mau cheiro, o esgoto está transbordando e fica difícil trabalhar assim. Os comerciantes estão todos parados e desde 6h da manhã que estamos tirando água. Está impossível a convivência aqui. A prefeitura não toma nenhuma atitude e a gente não sabe a quem te procurar. Com as obras do Shopping Popular a situação piorou, os clientes estão sem acesso, assim como nós comerciantes. Além do mais, rede de esgoto não existe e a água está entrando toda aqui no centro e não tem para onde sair”, explicou a comerciante.
O diretor do Centro de Abastecimento, Delorme Martins reconhece que a construção do Shopping Popular traz transtornos aos comerciantes e as pessoas que frequentam o entreposto comercial. Ele frisou que a água está sendo acumulada porque houve um aterramento na rede pluvial que fica perto da Praça do Tropeiro e esta rede está sendo substituída por um novo sistema que deve ficar pronto nos próximos dias e contribuir para que a situação seja normalizada.
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade
“Com o aterramento tivemos que fazer uma nova rede. Em questão de dias ficará pronta. Com a obra do shopping tivemos sim alguns transtornos. É uma construção que foi feita em uma casa que já existia, quebra aqui, conserta ali e surgem alguns problemas. Os comerciantes tem razão em reclamar. E quanto a chuva, a gente sabe que alaga em todo lugar, mas no nosso caso é a questão da rede pluvial, finalizou.
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade
Como há muita água empossada dentro e no entorno do mercado e com a possibilidade de continuar chovendo, não existe previsão de quando o comércio volte a normalidade.
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