Entre os 11 mandados de prisão da terceira fase da operação Lesa Pátria, realizada nesta sexta-feira pela Polícia Federal em cinco estados e no DF, está a de Maria de Fátima Mendonça Jacinto Souza, que ficou conhecida como 'Fátima de Tubarão'. A mulher de 67 anos e da cidade de Tubarão, Santa Catarina, viralizou nas redes sociais fazendo ameaças contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
— Vamos para a guerra, é guerra agora. Vamos pegar o Xandão agora — afirmou a idosa.
"Fátima de Tubarão" aparece em vídeos invadindo o Palácio do Planalto nos atos golpistas de 8 de janeiro. No vídeo em que ameaça Moraes, a idosa diz ter usado o banheiro do magistrado, dentro do prédio do Supremo.
Antes de participar dos atos golpistas em Brasília, Mária de Fátima foi condenada por tráfico de drogas. Em 2014, ela se tornou alvo de um processo que corre em sigilo no Tribunal de Justiça de Santa Catarina. Além de tráfico, ela também responde pelos crimes de estelionato e falsificação de documento público.
PF faz operação para prender 11 pessoas envolvidas em atos golpistas
A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira a terceira fase da operação Lesa Pátria, que busca identificar pessoas que participaram, financiaram ou fomentaram os ataques golpistas de 8 de janeiro, que provocou a invasão e depredação dos prédios dos Três Poderes. Até o momento, cinco pessoas já foram presas.
Ao todo estão sendo cumpridos 11 mandados de prisão preventiva e 27 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal (STF), nos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Espírito Santo e no Distrito Federal.
Os mandados de prisão e busca e apreensão:
- Distrito Federal: 2 de prisão; 4 de busca e apreensão;
- Espírito Santo: 4 de prisão, 8 de busca e apreensão;
- Minas Gerais: 2 de prisão; 4 de busca e apreensão;
- Paraná: 1 de prisão; 1 de busca e apreensão;
- Rio de Janeiro: 1 de prisão; 9 de busca e apreensão;
- Santa Catarina: 1 de prisão; 1 de busca e apreensão
A PF investiga os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.
No Twitter, o ministro da Justiça Flávio Dino celebrou a operação: " A autoridade da lei é maior do que os extremistas", escreveu.
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