O dólar disparou nesta segunda-feira (10/3) em relação ao real. Ele fechou com avanço de 1,09%, a R$ 5,85. A cotação acompanhou o salto da moeda americana em todo o mundo. A alta foi puxada por declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, dadas à Fox News, no domingo (9/3). Para o mercado, o republicano não refutou de forma incisiva a possibilidade de uma recessão na economia do país.
O mesmo motivo derrubou o mercado de capitais em todo o mundo. A Bolsa brasileira (B3) caía 0,56%, aos 124.333 pontos. O tombo, contudo, foi até pequeno se comparado ao baque das ações nos EUA, onde os índices derreteram em Nova York. O S&P 500 chegou a recuar 2,50%, o Dow Jones 2,10% e o indicador da Nasdaq, que concentra ações de tecnologia, derreteu 3,70%.
No programa “Sunday Morning Futures”, da Fox, Trump foi questionado sobre a possibilidade de recessão nos EUA. O republicano respondeu: “Eu odeio prever coisas assim. Há um período de transição, porque o que estamos fazendo é muito grande. Estamos trazendo riqueza de volta para a América. Isso é uma grande coisa.”
A resposta, no entanto, foi considerada vaga pelo mercado. Trump também atenuou o impacto da recente reviravolta no mercado de ações, decorrente da imposição e ajuste de tarifas. Para os agentes econômicos, o presidente americano deveria ter refutado de forma peremptória as chances de recessão.
Cansaço com tarifas
Além disso, o mercado mostra-se pouco animado com Trump. Nas últimas semanas, o presidente americano impôs, suspendeu e retomou medidas de aumento de tarifas de produtos importados para países como Canadá, México e China. As mudanças acentuaram incertezas, enervando os investidores.
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