As imagens foram compartilhadas pelo módulo assim que uma antena de banda X, capaz de transmitir grandes quantidades de dados e imagens do veículo, foi implantada com sucesso na Lua. O vídeo capturado mostra o Blue Ghost descendo em uma antiga bacia vulcânica, ao norte do equador lunar. De acordo com a empresa, o módulo foi lançado em 15 de janeiro, quando passou aproximadamente 15 dias em trajeto à Lua. A espaçonave opera cargas úteis por um dia lunar completo, equivalente a cerca de 14 dias terrestres. Em 14 de março, o Blue Ghost captará imagens em alta definição de um eclipse solar.
Já no dia 16, espera-se que o módulo fotografe o pôr do sol lunar e colete dados sobre a poeira lunar a partir de correntes elétricas. A poeira dificultou o trabalho espacial durante o programa Apollo, na metade do século XX, pois o material fino e abrasivo danificava lentes de câmeras e visores, segundo a Nasa. O Escudo Eletrodinâmico contra Poeira (EDS) pode oferecer uma solução para operações futuras.
O primeiro sinal de GPS na Lua também foi captado na missão, graças ao Experimento de Receptor do Sistema Global de Navegação por Satélite Lunar (Lugre). As Câmeras Estéreo para Estudos da Interação entre Pluma e Superfície Lunar (Scalpss), da Nasa, também capturaram imagens que ajudarão a agência a entender como o solo da Lua reage à força dos motores de uma espaçonave durante a descida para o pouso.
O Lunar PlanetVac (LPV), um aspirador equipado com o próprio gás, foi acionado para sugar amostras do solo lunar e testar formas de coleta em um ambiente de baixa gravidade.
O Blue Ghost deve estudar a superfície lunar por cerca de duas semanas, quando o módulo enfim se esgota devido ao frio extremo e à escuridão. O veículo depende principalmente da energia solar para funcionar, mas operará brevemente no escuro devido a baterias projetadas para fornecer energia adicional com a ausência da luz.
A NASA, patrocinadora da missão por meio do programa Commercial Lunar Payload Services (CLPS), afirmou que todos os 10 instrumentos científicos e demonstrações tecnológicas da agência a bordo do Blue Ghost “continuam em bom estado”.
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