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O Terceiro Sargento da Marinha José Carlos Vidal Ferreira, de 34 anos, foi preso em flagrante por importunação sexual na manhã desta quarta-feira após ejacular no braço de uma mulher dentro de um ônibus no Rio. O caso ocorreu na linha 409, na Rodovia Niterói-Manilha, em São Gonçalo, na Região Metropolitana.
A vítima, Priscila Trindade Rodrigues, de 32 anos, embarcou no coletivo no bairro Itaúna. Segundo ela, todos os assentos estavam ocupados. O homem, porém, ofereceu o lugar onde estava. A partir daí, a importunação começou.
— Assim que eu sentei, eu senti que ele havia encostado as partes íntimas no meu braço. No primeiro momento, cheguei até a pensar que poderia ter sido sem querer, por causa do balanço do ônibus. Eu decidi então me afastar e logo depois ele veio ainda mais pra cima de mim e eu senti no meu braço o órgão dele ereto. Foi aí que eu comecei a gritar. Peguei o meu celular para gravar, para ter uma prova, e quando ele se afastou eu vi que a calça estava molhada, ele tinha ejaculado — conta a servidora pública.
Priscila disse que gritou para os outros passageiros o que ocorreu e recebeu o apoio de quem estava no ônibus. Ela lembrou que há sempre uma patrulha na rodovia, na altura da Ilha das Flores, e fez sinal para a viatura quando passou pelo local. Os policiais obrigaram o motorista a parar e, após ouvirem o relato da vítima e ver a calça molhada, prenderam o homem e o encaminharam para a Delegacia de Atendimento à Mulher (DEAM) de São Gonçalo.
Pena pode chegar a cinco anos de prisão
Titular da DEAM de São Gonçalo, a delegada Débora Ferreira Rodrigues confirmou que o homem vai responder pelo crime de importunação sexual, que tem pena de um a cinco anos de prisão. Os dados mais recentes do Instituto de Segurança Pública do Rio mostram que houve 1.238 registros deste delito no estado em 2019. No mesmo período, foram notificados 5.450 casos de estupro e, em janeiro deste ano, já são 398.
— Ele vai permanecer preso e amanhã será realizada a audiência de custódia. A fiança só poderia ser aplicada caso a pena fosse de até quatro anos. Por ser militar, ele foi encaminhado para o Presídio da Marinha. Ele decidiu se manifestar apenas em juízo, mas comentou antes do depoimento que foi a primeira vez que fez isso, e descreveu o que aconteceu como um "vacilo" — disse a delegada.
JORNAL EXTRA
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