Gabriel Gonçalves
O comerciante Ricardo Moraes de Souza, morador de Feira de Santana, teve o veículo apreendido no último dia 24 de janeiro na BR-324, pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) próximo a cidade de Candeias. Segundo ele, o veículo foi comprado 0km diretamente em uma concessionária de Feira, mas o veículo estava com restrição de roubo.
"Eu comprei este carro, uma S10 de cor branca, e retirei diretamente na concessionária aqui em Feira de Santana. Até então, tudo estava regular, este carro foi transferido para meu nome, eu mesmo peguei o carro na concessionária, fiz a vistoria na maior felicidade do mundo. Tirei foto junto com meu filho e até então, tudo perfeito. Quando foi no dia 24 de janeiro voltando de Salvador, fui abordado pela Polícia Rodoviária Federal. Nesta abordagem, eles fizeram a vistoria de rotina, foi quando eu pedi para eles explicarem o que é que estava acontecendo e me disseram que meu carro estava com queixa de roubo, e que na verdade não era nem meu carro. Este carro ainda estava em nome de uma outra pessoa, ou seja, um carro que se encontrava em meu nome e logo após foi descoberto que foi transferido para um suposto comprador. Acredito que este suposto comprador deu a queixa de roubo, provavelmente para receber o seguro, deduzo eu. O que é que ocorreu? O carro não está mais em meu nome e fui conduzido até a Delegacia de Candeias porque foi no perímetro de Candeias onde o carro ficou apreendido", explicou o proprietário do veículo ao Acorda Cidade
De acordo com Ricardo, após os esclarecimentos prestados na Delegacia de Candeias, os investigadores apontaram o caso como mais um golpe através da compra de veículos.
"Eu corri o risco também de ser preso porque estava com um bem que parcialmente foi roubado, mas graças a Deus pela compreensão da Polícia Rodoviária Federal, junto com a Polícia Civil e mostrando toda a documentação, reconheceram que eu fui vítima de um golpe. Espero junto com a imprensa e junto com as autoridades, que me ajudem a esclarecer porque eu não consegui entender como é que um suposto comprador, pegou um carro novo, transferiu para ele, desde quando tem que passar por alguns órgãos, como o cartório para reconhecimento de firma, vistoria veicular, depois da transferência do Detran, e depois também ter que assegurar o veículo", disse.
Ainda segundo o comerciante, um advogado entrou com uma liminar e está aguardando a posição do juiz.
"Meu advogado entrou com uma liminar e está aguardando uma posição do juiz, provavelmente da Comarca de Candeias, para que ele possa analisar o caso e defina no sentido da autenticidade do veículo e devolver ao verdadeiro dono. Lá no momento do meu depoimento, os investigadores da Polícia Civil informaram que nunca viram um tipo de golpe como este, o mais comum é do tipo de clonagem. Pelo que já estou sabendo, a Polícia Civil já identificou esse outro suposto dono, mas se realmente o carro é desse cara, que ele comprove e vá retirar um bem de R$ 200 mil, que está tomando sol e chuva no pátio", relatou.
Ao Acorda Cidade, Ricardo também contou que pelas investigações que já foram feitas, todo golpe teve início em um site de compra e vendas.
"O que já estou sabendo, é que no depoimento desse cara, ele contou que viu o carro pelo site, o suposto vendedor levou o veículo até a cidade de Santo Antônio de Jesus, então esse cara gostou do carro e comprou. Porém acho estranho uma negociação tão rápida assim, ainda mais que esse suposto comprador é da cidade de Ubaíra, e ainda pelo que sei, o carro foi assegurado em Salvador. Todas as informações estão desencaixadas, creio que isso se trata de uma quadrilha", concluiu.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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