O presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado da Bahia (Sindpoc), Eustácio Lopes, informou ao Acorda Cidade, nesta quinta-feira (10), que continuam suspensas as entrevistas à imprensa e as operações da Polícia Civil, como parte da mobilização da categoria por melhores salários. No entanto, as atividades rotineiras, como diligências, oitivas, interrogatórios, relatórios e outros atendimentos à população seguem normalmente.
Ele explicou, que a mobilização é resultado da rejeição, em Assembleia realizada no dia 6 de setembro, da proposta do governo estadual de reajuste salarial de 12% ao longo de três anos, sendo 2025, 2026 e 2027.
Segundo Lopes, o aumento oferecido é inferior à inflação do período e não altera a situação dos policiais civis. Ele destacou que, sob a gestão anterior, a categoria ficou oito anos sem valorização, o que resultou em uma queda significativa no ranking nacional de salários, que vem se prologando até os dias atuais.
“Saímos do décimo salário do país para o 26º. Hoje, no Nordeste, estamos à frente apenas da Paraíba, e no Brasil, também estamos atrás de todos, exceto a Paraíba”, disse.
Eustácio apontou que a falta de valorização e reconhecimento dos profissionais de segurança foi um dos motivos para a suspensão temporária das chamadas “operações midiáticas” e das entrevistas à imprensa. Ele citou o aumento da violência, com a atuação de facções criminosas em Feira de Santana e em outras regiões da Bahia, como um desafio para a segurança pública.
“Feira hoje acorda com um triplo homicídio. A cidade está sofrendo com a ação das facções criminosas, que atuam em toda a Bahia”, afirmou o sindicalista ao Acorda Cidade.
“Nós já prendemos mais de 20 líderes de facções criminosas e apreendemos mais de 2 mil armas”, disse ele.
Por fim, Eustácio Lopes apelou para o apoio da sociedade e solicitou que o governador Jerônimo Rodrigues tenha sensibilidade para reconhecer a importância dos policiais civis da Bahia.
“Somos a sétima economia do país. Pedimos, ao menos, que nossos policiais tenham salários entre os dez melhores do Brasil”, concluiu, ressaltando que os profissionais enfrentam riscos diários e que muitos precisam realizar outras atividades para complementar sua renda.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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