Uma jovem de 26 anos relatou que perdeu seu bebê de 34 semanas após ser liberada do Hospital Materno-Infantil, em Ilhéus. Ela estava grávida do seu primeiro filho e acredita que houve negligência médica.
Segundo a mulher, que preferiu não revelar sua identidade, ela teve uma mal estar no dia 05 de abril, e procurou atendimento médico na unidade, onde foi submetida a exames e em seguida liberada. Três dias depois, ela voltou a sentir dores e retornou ao hospital. Após examiná-la, a equipe médica constatou que o bebê já estava sem vida.
Em nota ao site Ilhéus 24h, o Hospital Materno-Infantil explicou o ocorrido e informou que prestou todo suporte assistencial e emocional à gestante.
Leia na íntegra:
O Hospital Materno-Infantil, sensibilizado com o fato ocorrido nesta data, referente ao diagnóstico de óbito fetal em gestante da rede pública de saúde, vem esclarecer:
A puérpera R.S. de A. chegou ao Hospital Materno-Infantil com relato de perda de líquido amniótico no primeiro atendimento. Ao ser atendida pela equipe médica, foi realizada uma ultrassonografia obstétrica, cujo resultado evidenciou condições de normalidade no índice de líquido amniótico da paciente. Para seguimento do cuidado, foram adotadas as recomendações assistenciais preconizadas pelo Ministério da Saúde, principalmente para gestação pré-termo e para falso trabalho de parto. Por toda essa segurança é que ela pôde ser liberada a retornar para casa.
Após três dias, R.S. voltou ao serviço de urgência do HMIJS, em trabalho de parto prematuro, sem evidência de perda de líquido. Foi internada para acompanhamento da equipe multidisciplinar. No âmbito médico, foi adotado o protocolo de inibição do trabalho de parto prematuro, com medicações também padronizadas pelo Ministério da Saúde.
Paralelamente à estas medidas, foi realizado o monitoramento contínuo da gestante, com atenção aos casos de prematuridade e seus riscos associados. Infelizmente, mesmo com o protocolo aplicado, a gestante evoluiu com parto vaginal prematuro e o bebê não sobreviveu. Tratava-se de um atendimento característico de gestantes de alto risco.
Lamentamos o ocorrido. Todo suporte assistencial e emocional foi ofertado, com equipe de médico, enfermagem, psicologia e serviço social. No entanto, entendemos que não podemos associar o uso das medicações adotadas e dos procedimentos realizados, os quais, reiteramos, todos padronizados e preconizados pelo Ministério da Saúde como que tenham sido os causadores da morte do feto.
A transparência é a marca do Hospital Materno-Infantil. Tanto que, ao liberar o documento permissionário à emissão da Certidão de Óbito, a médica responsável atestou a causa da morte como “fetal a esclarecer”. Isso ocorre quando os próprios profissionais médicos buscam encontrar informações técnicas complementares que os auxiliem na conclusão do diagnóstico. São casos como estes que são investigados e discutidos na comissão de revisão de óbitos.
Importante ressaltar que o Hospital Materno-Infantil de Ilhéus é referência para gestação de alto risco a 20 municípios. Muitas gestantes que chegam ao nosso Serviço de Urgência possuem fatores de risco que podem levar ao trabalho de parto prematuro, o que amplia os riscos de perdas do feto. Nossa unidade é uma conquista da sociedade de Ilhéus e de toda a região sulbahiana. Os números que apresentamos até aqui, com mais de mil partos já realizados e com o reconhecimento das mulheres e famílias aqui atendidas, corroboram nossa permanente busca por um cuidado humanizado, baseado em evidências científicas, alicerçados por critérios técnicos e por justiça social.
Ilhéus, 26 de abril de 2022
Tive que passar pelo hospital materno e é fiquei com uma péssima impressão, falta procedimento e treinamento da equipe de triagem a médicos.
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