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sábado, 30 de março de 2024

Policial de grupo de elite é morto por PM ao ser confundido com ladrão

 Foto colorida de policial com farda verde escura, em montanha em dia ensolarado, segurando abaixo da cintura uma bandeira do grupo de operações especiais da PM de São Paulo - Metróles

São Paulo — O cabo Rahoney de Paula Vieira, do 4º Batalhão de Choque, morreu na noite dessa sexta-feira (29/3) após ser baleado por um policial militar, que teria confundido o colega de farda, que estava de folga, com um suspeito. O caso ocorreu por volta de 22h40 na zona sul de São Paulo.

Rahoney, de 31 anos, realizava abordagem em um carro, usando trajes civis, na Vila Andrade, quando uma viatura do 16º Batalhão da PM passou pelo local.

Os ocupantes da viatura, segundo registros policiais, afirmam terem avistado Rahoney usando capacete e “com a arma em punho apontada para um veículo” na Rua Maria José da Conceição. Os PMs em serviço acreditaram tratar-se de um assalto e um dos agentes atirou contra Rahoney.

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Quando o abordaram, descobriram que ele era policial e o encaminharam, na viatura, ao Hospital Albert Einstein, onde sofreu uma parada cardiorrespiratória e morreu. Estavam na viatura um cabo e um soldado.

A reportagem apurou que, antes de integrar o Comando de Operações Especiais da PM, Rahoney trabalhou por cerca de um ano no 16º BPM, mesma unidade dos policiais que o confundiram com um ladrão. Ele compartilhou um vídeo, em uma rede social, no qual falou justamente sobre ter trabalhado no referido batalhão, cerca de três horas antes de ser morto.

Intervenção policial

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) afirmou que a PM e o Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) investigam “todas as circunstâncias” que envolvem a morte do policial.

A pasta acrescentou que “um dos policiais do patrulhamento” foi quem atirou contra o colega de farda, mas sem especificar qual. O caso é investigado como morte decorrente de intervenção policial.

O 4º Batalhão de Choque lamentou a morte do cabo em uma rede social. Ele ingressou na corporação em 25 de novembro de 2014. O grupo de elite da PM não menciona a causa da morte do policial, acrescentando que o velório irá ocorrer somente neste domingo (31/3), por causa da distância em que estão os familiares do cabo. A vítima deixa um filho pequeno.

Metrópoles questionou a SSP e a PM sobre quantos tiros atingiram o PM da tropa de choque, além de quais medidas foram tomadas contra os policiais envolvidos no caso. Nenhuma das perguntas foi respondida. O espaço segue aberto para manifestações.

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