Agradeço a todos que colaboraram para que conseguíssemos a transferência de minha mãe, dona Elita, para o HG em Vitória da Conquista.
Cada mensagem foi importante para o conforto dela.
A oração moveu a Mão de Deus em direção àquela situação.
A solidariedade das pessoas ainda comove o coração de Deus, Aquele que é pelos simples, pelos necessitados.
Quero compartilhar, todavia, um apelo e um alerta que enviei à Fundação José Silveira, gestora do Hospital Cristo Redentor, para conhecimento e reflexão dos que vierem saber.
Senhores,
Valho-me desse canal para externar minhas considerações a respeito do Hospital Cristo Redentor em Itapetinga que tem, na sua fachada, o nome da Fundação José Silveira.
Causa-me estranheza o fato de uma fundação tão ilibada ter cedido seu nome para uma outra, no caso o HCR, cuja função está completamente distorcida em virtude do atendimento desumano que vem prestando à comunidade.
Certamente, a cooperação técnica e o gerenciamento hospitalar implementados pela FJS promovem resultados demonstrados em relatórios.
Falo, porém, dos resultados cotidianos, do tratamento com os pacientes, familiares, gente do SUS que, todos sabemos, não recebem de graça nenhum serviço.
A partir de uma experiência pessoal que, infelizmente, sofri desde o dia 20 de junho, quando minha mãe deu entrada naquele hospital, vitimada por um AVC, percebi, perplexo, como uma unidade hospitalar pode se assemelhar a um campo de batalha, pela ausência de informações, blindagem de profissionais, mau atendimento e a fleuma comum aos déspotas que usam a dor alheia em benefício próprio.
Senhores, advirto à Fundação José Silveira: Deixem os relatórios e divagações e frequentem os corredores do HCR. O espectro da morte passeia por lá e algo precisa ser feito.
De minha parte, vou ao Ministério Público relatar a marcante e decepcionante experiência que minha mãe e sua família tiveram nos últimos dias.
A despeito dos profissionais que atuam no hospital, a maioria capaz e sensível, há um núcleo duro que utiliza aquele equipamento como um braço do seu patrimônio particular.
Rogo para que parem de propaganda enganosa, parem de utilizar o HCR como trampolim político e abram os olhos para perceber que gente é pra viver, não pra morrer à míngua.
Quero finalizar citando o poeta Nelson Martins:
Saúde Pública?
Em conta-gotas anda a Saúde Pública?...
Em conta-gotas d’Água...
Em conta-gotas de Sangue...
Em conta-gotas de Lágrimas.
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