"Eu olhei na sacada e ela abriu o portão gritando". Assim a moradora de Porto Seguro, no extremo sul da Bahia, Valdilene Pereira narrou o desespero da mãe da criança de dois anos que morreu afogada na piscina de uma casa alugada para o período de carnaval na cidade. A tragédia ocorreu no bairro de Mundaí, na tarde da quarta-feira (1º).
Valdilene estava em uma casa vizinha onde ocorreu o afogamento e contou como, junto com os pais da criança, tentou socorrer a vítima. "A gente ligou para o Samu, e o Samu nesse tempo não chegava. Colocamos ele na caminhonete do pai. Um turista, que eu não sei o nome, ajudou a gente, foi dirigindo a caminhonete e encontramos o Samu perto do Memorial da Epopeia", disse.
Quem estava por perto da casa também tentou ajudar. Foi o caso do empresário Henrique Castro. "Comecei a fazer respiração boca a boca e um pouco de massagem cardíaca, mas a criança não voltava", relatou o homem, emocionado.
A piscina da casa não tinha tela de proteção. De acordo com o delegado Rafael Zanini, que investiga o caso, o imóvel onde ocorreu o afogamento foi alugado por um grupo formado por cerca de 20 pessoas do município de Uberaba, em Minas Gerais. Ele disse ainda que a polícia vai investigar se houve negligência. "Iremos apurar adequadamente se houve alguma negligência por parte dos pais ou não, mas a princípio apuramos como acidente", disse.
O corpo da criança foi encaminhado para o Departamento de Polícia Técnica (DPT), liberado na manhã desta quinta-feira (2), e levado para Minas Gerais. A família também já embarcou de volta para casa. O enterro do menino está previsto para às 12h de sexta-feira (3), no cemitério Medalha Milagrosa, em Uberaba.
Quando se deram conta de que o filho de dois anos não estava com nenhum deles, foram para a área piscina e encontraram a criança dentro da água.O caso
A partir de apurações preliminares, o delegado Rafael Zanini contou que os pais estavam na praia e voltaram para casa sozinhos com a criança. Chegando no imóvel, a mãe teria ido tomar banho e o pai lavar o carro.
A partir de apurações preliminares, o delegado Rafael Zanini contou que os pais estavam na praia e voltaram para casa sozinhos com a criança. Chegando no imóvel, a mãe teria ido tomar banho e o pai lavar o carro.
"Os pais se distraíram. O pai entrou na piscina e tirou a criança, que já tinha ingerido muita água. Ele tentou fazer massagem cardíaca e ligou para o Samu, que ia demorar um pouco. Então, colocaram a criança no carro e foram em direção ao Samu. Encontraram na estrada. A equipe tentou uma nova massagem cardíaca, mas a criança já tinha falecido", detalhou.
O delegado Rafael Zanini reiterou que a família chegou ao município para curtir o carnaval. "Eles [os pais] estavam muito abalados. A mãe não parava de chorar", contou.
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