Esta é a semana mais letal da pandemia da Covid-19 no Brasil. Com 1.987 mortes confirmadas nas últimas 24 horas, segundo a atualização do Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde (Conass), o país alcançou a marca de 19.643 mortes na décima-terceira semana, que compreende o período entre o último domingo, dia 28, e este sábado (3).
No período anterior, entre os dias 21 e 27 de março, foram 17.798 vidas perdidas. Até o final de fevereiro, o Brasil não havia registrado mais de 10 mil mortes pela Covid-19 em nenhuma semana da pandemia.
Ao todo, informa o Conass, o Brasil perdeu 330.193 pessoas para a Covid-19. Com 43.515 novos casos registrados, são 12.953.597 casos confirmados da doença do novo coronavírus no país.
O boletim contempla as mortes processadas pelas secretarias estaduais da saúde nas últimas 24 horas, independentemente da data em que tenham ocorrido. Uma das mortes a serem contabilizadas nos próximos dias é a do cantor Agnaldo Timóteo, que morreu aos 84 anos por complicações da Covid-19 neste sábado (3).
Com o número deste sábado menor do que na semana anterior, a média móvel caiu para 2.806 vítimas fatais em dia. A semana também registrou um número total de casos menor do que o registrado na semana anterior. Foram 463.235 casos confirmados nos últimos sete dias, menos do que os 539.903 da semana anterior.
O Brasil segue como o segundo país que mais registrou casos e mortes por Covid-19 em todo o mundo, em termos absolutos. Os Estados Unidos lideram os dois rankings, com 30,6 milhões de casos e 554.739 óbitos confirmados, de acordo com dados compilados pela Universidade Johns Hopkins.
Ainda hoje, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que o governo federal tem a meta de manter a vacinação contra a Covid-19 em uma média de 1 milhão de doses distribuídas por dia, e, para isso, estuda com autoridades sanitárias a adequação de indústrias de vacina veterinária para que elas também produzam os imunizantes contra a doença.
Na sexta-feira (2), em entrevista à CNN, Queiroga defendeu que o uso de lockdown como maneira para conter a contaminação pelo coronavírus só aconteça como "última medida". O ministro disse não estar convencido da efetividade do lockdown, e classificou a iniciativa como "extrema.
Ocupação de UTIs e vacinação
Segundo dados consolidados pela CNN, até o fim da noite de sexta-feira os estados com mais de 90% das UTIs da rede pública ocupadas eram Paraná (95%), Santa Catarina (95,2%), Rio Grande do Sul (91,5%), São Paulo (91,8%), Minas Gerais (92%), Distrito Federal (99%), Mato Grosso do Sul (105%), Goiás (96,25%), Mato Grosso (97,5%), Pernambuco (96%), Acre (98,1%), Rondônia (100,4%) e Amapá (91,43%).
Entre os estados que divulgam os dados da rede pública e privada, estão com ocupação acima de 90% Rio Grande do Norte (92,13%), Ceará (92,32%) e Piauí (93,9%). O estado com menor tava de ocupação de UTIs é a Paraíba, com 81%.
De acordo com as secretarias de Saúde, até este sábado o Brasil aplicou 24.518.193 de doses de vacinas contra a Covid-19, sendo que 19.169.997 de pessoas receberam a primeira dose e 5.348.196 já receberam as duas doses. Nas últimas 24 horas, foram aplicadas 925.734 doses dos imunizantes.
CNN BRASIL
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