O governador da Bahia, Rui Costa, disse, em entrevista à Rádio Bandeirantes, nesta terça-feira (6), que o episódio envolvendo o soldado da Polícia Militar, no dia 28 de março, no Farol da Barra, em Salvador, virou "politicagem".
"Como se as tropas do Brasil inteiro não quisessem salvar vidas humanas, que não quisessem conter as aglomerações. Infelizmente a tragédia ela foi apropriada de forma politiqueira, mesquinha, dentro de um contexto de discurso de ódio e aparelhamento ideológico do estado brasileiro", afirmou.
O soldado Wesley Soares foi baleado após ter passado cerca de quatro horas dando tiros para o alto e gritando palavras de ordem no Farol da Barra, um dos principais pontos turísticos de Salvador. Ele foi atingido por tiros por volta das 18h30, após ter erguido um fuzil e disparado contra os colegas da PM que negociavam a sua rendição. O soldado chegou a ser socorrido por uma ambulância e levado para o Hospital Geral do Estado, mas não resistiu aos ferimentos.
Citada por Rui Costa, a presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a deputada federal Bia Kicis, inicialmente, usou suas redes sociais para defender o soldado. “Soldado da PM da Bahia abatido por seus companheiros. Morreu porque se recusou a prender trabalhadores. Disse não às ordens ilegais do governador Rui Costa da Bahia”, escreveu. “Esse soldado é um herói. Agora a PM da Bahia arou. Chega de cumprir ordem ilegal!”. No dia seguinte ela apagou o post.
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