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sexta-feira, 22 de dezembro de 2023

Envenenamento: “Acabou minha vida”, diz suspeita de matar mãe e filho

 Foto colorida da advogada Amanda Partata em audiência de custódia - Metrópoles

A advogada Amanda Partato, de 31 anos, se emocionou e disse que sua vida acabou, durante audiência de custódia na última quinta-feira (21/12). Ela foi presa na quarta por suspeita de matar o ex-sogro e a mãe dele envenenados, em um café da manhã, no último domingo, em Goiânia (GO).

“Essa história acabou com minha vida, uma história midiática. Todo mundo já viu meu rosto, acabou a minha vida”, declarou Amanda diante do juiz André Reis Lacerda, que manteve a prisão temporária da advogada.

Veja o vídeo:

Leonardo Pereira Alves, de 58 anos, e a mãe dele, Luzia Tereza Alves, de 85, morreram após terem vômito e dores abdominais, horas após um café da manhã. Eles chegaram a ser internados, mas não resistiram. A suspeita é que um suco foi envenenado.

A Polícia Civil começou a investigar o caso logo depois das mortes. Inicialmente, familiares das vítimas suspeitaram de doces de uma confeitaria, mas os investigadores descartaram essa possibilidade.

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Tentativa de suicídio

Segundo o delegado Carlos Alfama, Amanda passou mal na terça, antes de ser presa. Ela foi hospitalizada e tentou suicídio ao tomar remédios com acetona. Já na quarta, ela foi encaminhada para uma clínica psiquiátrica, onde acabou presa, no começo da noite.

“Ela teria tentado suicídio, talvez por medo das consequências”, disse o investigador. Quando chegou algemada na delegacia, no dia da prisão, Amanda negou o crime e disse que é inocente.

A advogada relatou que já tentou suicídio antes, disse que toma remédios controlados e já foi diagnosticada com doenças como depressão, bulimia e anorexia.

Amanda se apresenta nas redes sociais como psicóloga. Ela disse na audiência de custódia que estava se preparando para montar uma clínica. O Conselho de Psicologia diz que a jovem não tem registro profissional.

Denúncia de agressão

Ainda na audiência de custódia, Amanda Partata relatou que foi agredida pelo delegado com tapa e xingamento. “Ele me chamou de vagabunda”, relatou diante do juiz.

Veja a gravação:

“Pedi para chamar meu advogado, ele (delegado) pegou e fez assim no meu rosto (gesto de tapa) e disse: ‘Advogado só vai piorar sua situação. Se você me contar tudo, quem sabe eu chamo um advogado”, disse ainda a mulher na audiência.

A Corregedoria da Polícia Civil foi oficiada para averiguar as denúncias de agressões.

Os advogados de Amanda pediram o relaxamento da prisão, por considerarem que houve violação do domicílio, já que a advogada estava internada em uma clínica psiquiátrica no momento da prisão, mas o Judiciário manteve a prisão.

A Justiça determinou a realização de avaliação médica e psicológica de Amanda. Também foi exigido que ela fique em cela separada por questão de segurança.

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