Teixeira de Freitas: O casal Maria D'Ajuda Vitoriano de Jesus, 42 anos, e Silvano Jesus Rocha, 41 anos, suspeito de homicídio da filha adotiva Eloá Araújo de Souza, de 2 anos, foi transferido para o Conjunto Penal de Teixeira de Freitas na manhã desta quarta-feira, 29 de janeiro. A transferência ocorreu após a realização de exames de corpo de delito no Departamento de Polícia Técnica (DPT) da cidade.
Anteriormente, o casal estava sob custódia na Delegacia Territorial de Teixeira de Freitas, onde aguardava os trâmites legais para a transferência.
Entenda o Caso:
A Polícia Civil de Teixeira de Freitas prendeu o casal no sábado, 25 de janeiro, após a morte de Eloá, que chegou sem vida ao Hospital Municipal Sagrada Família na noite de terça-feira (21), apesar das tentativas de reanimação. A investigação foi iniciada após a equipe médica do hospital reportar à polícia as múltiplas lesões no corpo da criança, que incluíam escoriações, sangramentos e lesões no crânio.
Inicialmente, a mãe adotiva alegou que a morte foi causada por uma queda da cama, versão que não se sustentou diante dos laudos periciais. O exame de necropsia revelou que Eloá foi vítima de violência contínua, com lesões recentes e antigas, além de hemorragias no crânio. A criança também apresentava desnutrição severa e pesava apenas 8 kg, um valor muito abaixo do recomendado pela OMS.
A perícia constatou ainda uma hemorragia retroperitoneal causada por um objeto contundente, lesões compatíveis com mordeduras humanas, além de manchas de sangue no berço e na residência, contradizendo a versão da queda. Esses achados confirmaram maus-tratos crônicos e repetidos, descartando a hipótese de acidente.
Diante das evidências e inconsistências, a polícia solicitou a prisão temporária do casal, que foi deferida pelo Ministério Público e pela Vara do Júri de Teixeira de Freitas. Maria D'Ajuda e Silvano aguardam agora a audiência de custódia no Conjunto Penal, enquanto as investigações continuam para esclarecer todos os detalhes do caso e responsabilizar os culpados pela morte da criança.
Por: Lenio Cidreira/Liberdadenews
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